Concatedral de Miranda do Douro

Miranda do Douro


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Aberto: Horário de Verão: terça-feira 14h00 – 18h00 | quarta a domingo 10h00 – 13h00 / 14h00 – 18h00

Horário de inverno: terça-feira 14h00 – 17h30 horas | quarta a domingo 09h30 – 13h00 / 14h00 – 17h30

Encerrado: segundas-feiras; terças de manhã; 1 de janeiro; Domingo de Páscoa; 1 de maio; 25 de dezembro; 10 de julho (feriado municipal)

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Começou por ser Sé, quando a antiga vila de Miranda foi elevada à categoria de cidade e sede de diocese, em 1545. Quatro anos depois, arrancava o projeto da Catedral e, em 1552, as respetivas obras de construção, sob a direção de Gonçalo de Torralva e Miguel de Arruda.

No entanto, a condição de cidade fronteiriça e instabilidade associada terá levado à mudança do bispado para Bragança, cidade menos exposta a ameaças externas e ocupação estrangeira, como havia acontecido em 1710 e 1762, quando Miranda caiu sob o domínio espanhol.

Dava-se assim início à decadência de Miranda enquanto sede episcopal e em 1780 o bispado instala-se definitivamente em Bragança, intitulando-se Diocese de Bragança e Miranda.

Mas a Concatedral de Miranda do Douro continua hoje a ser um espaço de visita obrigatória, com o seu retábulo-mor seiscentista, obra de Gregório Fernández, mestre galego radicado em Valladolid, ou o seu órgão do século XVIII, profusamente decorado com talha dourada.

Monumento Nacional, guarda ainda no seu interior a imagem do Menino Jesus da Cartolina, que se tornou um ícone de Miranda do Douro. Entre outros “tesouros”, encontram-se ainda os “Retratos dos Meses”, um conjunto de doze quadros pintados em Antuérpia, em cerca de 1580, na oficina do mestre pintor Pieter Balten e que constituem um exemplo raríssimo de uma iconografia praticamente ausente no património artístico português.

Sé da Guarda

Guarda


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Datada aquando da transferência da diocese da Egitânia para a nova cidade da Guarda, em 1199, por pedido de D. Sancho I ao Papa Inocêncio III, apenas restam vestígios arqueológicos da primeira Sé da Guarda, tendo sido substituída por uma outra, construída no século XIV e destruída durante a reforma fernandina das muralhas da cidade.

Assim, a construção da atual catedral remonta aos finais do século XIV, sendo marcada essencialmente por dois momentos artísticos: o gótico e o manuelino. Com um aspeto fortificado, caracterizado por contrafortes salientes e pela iluminação escassa do interior, apresenta igualmente arcobotantes como sistema de descarga de forças, encimados por pináculos rendilhados, próprios de uma influência tardo-gótica. Possui igualmente portais manuelinos com vários conopos, assim como, no interior, diversas capelas com retábulos em pedra de Ançã, reveladores da escola renascentista coimbrã, como o retábulo-mor da Capela dos Pinas, executado por João de Ruão na década de 1550, ou o retábulo da Capela de Nossa Senhora da Anunciada (Capela dos Ferros), possivelmente executado por Diogo Jacques. De traça barroca, é de destacar o cadeiral da capela-mor, a qual sobreviveu ao restauro purista, iniciado em 1899, sob direção de Rosendo Carvalheira, que eliminou a decoração existente neste estilo.

Sé de Braga

Braga


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Aberto: de segunda a domingo, das 08h30 às 18h30

Tesouro–Museu: de terça a domingo, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 (horário de inverno); das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30 (horário de verão)

 

Iniciada no arquiepiscopado de D. Pedro de Braga, pretendia-se para a Sé de Braga um projeto de peregrinação semelhante ao de Santiago de Compostela e de outras igrejas de peregrinação francesas. Da primitiva catedral, com três naves, transepto saliente, cabeceira e deambulatório, apenas resta um absidíolo.

Nos séculos seguintes, a Sé receberá diversas intervenções, como a construção da galilé (século XV); a reconstrução da capela-mor com abóbada de combados, encomendada por D. Diogo de Sousa a João de Castilho (século XVI); a construção da sacristia por João Antunes (século XVII), obra de rutura e de absoluta novidade para a região de Braga e na qual trabalhou Manuel Fernandes da Silva, posteriormente responsável pela remodelação das capelas do transepto e pela reforma da capela de São Geraldo. Esta última, patrocinada por D. Rodrigo de Moura Telles, compreende a construção de um coro, a alteração da fachada e a colocação dos azulejos de António de Oliveira Bernardes (sécullo XVIII). Já no século XX, a DGEMN protagonizará uma nova fase de restauro do conjunto, removendo parte considerável do espólio artístico barroco existente no interior, incluindo o retábulo da capela-mor, apeado para colocação de um altar em pedra de ançã, fragmento sobrevivente de um primitivo retábulo-mor atribuído ao Mestre Machim, encomendado por D. Diogo de Sousa e posteriormente destruído por D. Gonçalo de Bragança, em 1780. A Sé de Braga alberga ainda o túmulo do Infante D. Afonso, bem como os túmulos dos condes portucalenses D. Henrique e D. Teresa.

Sé de Évora

Évora


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Aberto: das 9H00 às 17H00

O Museu tem a última entrada até 1 hora antes do encerramento.

A vista panorâmica tem a última entrada até ½ hora antes do encerramento.

Encerrado: a 24 de dezembro à tarde e a 25 de dezembro.

 

Fundada no século XIII e dedicada a Santa Maria, esta é a maior catedral portuguesa e um dos monumentos mais marcantes contruídos além-Tejo, sendo o maior estaleiro de obras do país, na Idade Média, antes da construção do Mosteiro da Batalha. É caracterizada pela utilização de soluções arquitetónicas várias, num período de transição entre o românico e o gótico, assim como pela influência arcaica de pontos significativos nas rotas de Santiago.

No pórtico de entrada, com contributo de Telo Garcia, figura um monumental apostolado no registo superior. A capela-mor, de traça neoclássica joanina, emprega mármores brancos e negros e esculturas de João António Bellini. Destaca-se igualmente o zimbório de tambor octogonal que encima o cruzeiro, marcado por contrafortes salientes nas arestas e pelo rasgamento de janelas maineladas nas diversas faces, sendo rematado por um coruchéu cónico rodeado por pináculos. Identificando as fontes de influência do primeiro ciclo de construção, com origem em Perigord e Poitou, no sudoeste de França, este tipo zimbório terá como ápice o existente na catedral de Zamora. O órgão histórico incorporado no cadeiral do coro-alto, de Heitor Lobo, é um dos poucos exemplares quinhentistas em Portugal, sendo o mais antigo atualmente em funcionamento.

Sé de Lamego

Lamego


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Aberto: das 08h00 às 13h00 e da às 15h00-19h00

 

Horário das celebrações:

De segunda a sábado: 9h30, 18h30

Domingos, feriados e dias santos: 9h, 10h, 11h30, 18h30

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O bispado de Lamego está documentado desde muito cedo na História do Cristianismo peninsular, datando a primeira referência de 572, ano em que o bispo Sardinário esteve presente no II Concílio de Braga. Com a diocese restaurada no século XI, a Sé de Lamego é iniciada no século seguinte, com patrocínio parcelar de D. Afonso Henriques, sobre uma antiga capela dedicada a São Sebastião, erigida algumas décadas antes pela condessa D. Teresa.

No entanto, da fábrica medieval apenas sobrevive a torre lateral do século XIII-XIV, disposta em três níveis e caracterizada por um primeiro registo cego; seteiras de arco apontado ao nível do primeiro andar, de cunho militar; janelas de arco em volta perfeita assentes em colunelos, no segundo andar; e pelo remate com duas sineiras. Ao longo do século XVIII vão sendo empreendidas diversas obras de enriquecimento artístico da Sé, como comprovam os vários retábulos encomendados, bem como a pintura das abóbadas, com autoria de Nicolau Nasoni, o qual projeta a renovação da capela-mor. À semelhança de vários monumentos nacionais, a DGEMN empreenderá na Sé de Lamego uma série de intervenções, desde a abertura de novos vãos, à transformação de portais de acesso e à reconstrução de determinados elementos.

Sé de Lisboa

Lisboa


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Aberto: de segunda a sábado, das 10h00 às 18h00 (de novembro a abril);

Segunda, terça, quinta e sexta das 9h30 às 19h00, e quarta e sábado das 10h00 às 18h00 (maio a outubro)

Encerrado: aos domingos e dias santos

 

Horário das celebrações:

Domingos e dias santos às 11h30

 

*Para todos aqueles que queiram vir rezar, existe um espaço reservado à oração e adoração do Santíssimo, de acesso livre.

 

Possivelmente erigida sob uma antiga mesquita muçulmana, a Sé de Lisboa é iniciada em 1147, data da reconquista da cidade, adotando-se um esquema idêntico ao da Sé de Coimbra, modelo de matriz normanda, provavelmente motivado pela origem do seu arquiteto, Roberto.

A Sé de Lisboa continuará a ser transformada nos séculos seguintes, com a construção da Capela de Bartolomeu Joanes, importante burguês lisboeta; o claustro dionisino, marca do processo de renovação arquitetónica e escultórica do reinado de D. Dinis; e a nova cabeceira com deambulatório, único no gótico nacional, construída por D. Afonso IV para ser o seu panteão familiar. Já na idade moderna, dota-se a Sé com a sacristia de meados do século XVII, a capela-mor barroca do início do século XVIII e as demais obras de enriquecimento arquitetónico e artístico. No entanto, estas serão suprimidas pela DGEMN nas duas campanhas de restauro que levou a cabo na primeira metade do século XX, com o objetivo de “restituir” a atmosfera medieval a todo o conjunto catedralício. Assim, após o abandono do projeto neogótico de Augusto Fuschini, o restauro da Sé, sob a direção de António do Couto Abreu, privilegiará as estruturas pré-existentes, conferindo-lhe um aspeto neorromânico evidente, vindo a ser solenemente inaugurada em 1940, num dos momentos de maior celebração do Estado Novo.

Sé de Santarém

Santarém


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Aberto: de segunda a sexta, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00;

Sábado e feriados civis das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00 (18h00 outubro a maio)

Domingo e dias santos, das 14h00 às 19h00 (18h00 outubro a maio)

 

*última entrada 30 minutos antes da hora de fecho

 

Encerrado: terças, Sexta-feira Santa, Domingo de Páscoa, 24, 25 e 31 de dezembro, 1 de janeiro

 

Elevada a Sé em 1975, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Colégio dos Jesuítas de Santarém foi construída a partir da década de 1620, com projeto do arquiteto Mateus do Couto, o qual se manterá na condução das obras nas décadas seguintes. Tendo-se inicialmente idealizado rematar a fachada com duas torres, o Geral da Companhia, em Roma, altera o projeto em 1673, optando antes pela supressão das torres e pelo remate com um frontão quadrangular ladeado por volutas, solução que adquire enorme impacto cenográfico face à ampla praça fronteira.

Ao longo de todo o século XVIII receberá diversas campanhas artísticas de pintura, escultura e artes aplicadas, como demonstra o retábulo-mor, com projeto de Carlos Garvo, e o teto perspetivado, atribuído a uma parceria de pintores escalabitanos e pintores com formação em Lisboa. Após a expulsão dos Jesuítas, em 1759, os edifícios do Colégio serviram diversos fins, tendo-se aqui instalado o Seminário Patriarcal de Santarém, razão pela qual a igreja é ainda hoje conhecida como Igreja do Seminário. Mais recentemente procedeu-se à reconstrução das coberturas e ao restauro de obras de pintura e de escultura, assim como a obras gerais de conservação, campanha levada a cabo pelo IPPAR entre 1994 e 1995.

 

Tendo-se apenas criado a diocese de Vila Real em 1922, procede-se à adaptação da antiga igreja do Convento de São Domingos à função de Sé, o qual tinha sido fundado em 1424 e pertencera à Ordem Dominicana. Assim, mantém a traça gótica do portal principal, bem como a capela-mor retangular, reformada no século XVIII.

Não obstante utilize uma linguagem artística do gótico, manterá uma proximidade formal com o românico, característica visível em todo o norte do país, como demonstra a robustez dos muros, os contrafortes salientes do portal e a reduzida iluminação do interior. Toda a reforma decorativa setecentista do interior foi despojada no restauro levado a cabo pela DGEMN da década de 1930, com o intuito de atingir “a reintegração desta Sé na sua feição primitiva”.

Sé de Viseu

Viseu


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Assente num local onde anteriormente existia um templo suevo-visigótico, a construção da Sé de Viseu é iniciada no século XII, vindo a desenvolver-se nos dois séculos que se seguiram. Apesar de se enquadrar na cultura artística do gótico, apresenta soluções próximas do românico beneditino, tendo-se que esperar até ao período manuelino para se assistir a uma remodelação inovadora, de grande qualidade estética, impulsionada pelo bispo D. Diogo Ortiz de Vilhena.

Tal é exemplificado pelas abóbadas manuelinas das naves, que tanto elevam o espaço do corpo, como praticamente o uniformizam numa mesma altura, obra de João de Castilho. Por sua vez, D. Miguel da Silva, protetor do célebre pintor Vasco Fernandes (“Grão Vasco”), patrocina a construção do claustro catedralício, com influência da tratadística italiana. No período barroco, e enquadrado nas correntes estéticas então dominantes, todo o interior será enriquecido com obras de talha, azulejo e pintura, correspondendo à complexificação devocional característica da época.

Sé do Porto

Porto


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Aberto: de segunda a domingo, das 9h00 às 17h30. A torre encerra às 17h00 (horário de inverno – novembro a março)

De segunda a domingo, das 9h00 às 18h30. A torre encerra às 18h00 (horário de verão – abril a outubro)

Encerrado: para visitas no dia de Páscoa e Natal e sempre que as circunstâncias assim o exigirem.

 

Horário das celebrações:

Todos os dias às 11h

 

As origens da Sé do Porto recuam à Alta Idade Média, provavelmente aos tempos suevos, de que subsistem indícios dando conta da existência de um bispo do Porto. Mais tarde, com a presúria de Vímara Peres, em 868, a antiga catedral teria sido reedificada, conjuntamente com outras igrejas da região, época de que restam testemunhos arqueológicos muito fragmentados.

Em 1110, foi nomeado bispo do Porto D. Hugo, homem oriundo de Compostela e que impulsionou a construção de uma catedral românica. O projeto previa um corpo amplo de três naves, transepto, cabeceira tripartida e um deambulatório de capelas radiantes, à maneira das catedrais de peregrinação do Ocidente europeu. Por razões ainda desconhecidas, o estaleiro abrandou o ritmo de laboração pelos meados do século e só foi reanimado pelo bispo D. Fernando Martins (1176-1185), que recrutou mão-de-obra em Coimbra, onde se incluía o arquiteto Soeiro Anes. Terá sido ele a concluir a catedral, em particular o seu portal românico (de que restam alguns vestígios), embora as obras tenham entrado pelo século XIII, como se comprova pela rosácea já gótica da frontaria. Com um aspeto de igreja-fortaleza, a Sé do Porto sofrerá reformas no período maneirista e barroco, como comprova o claustro gótico do reinado de D. João I, monarca que celebrou os seus esponsais nesta catedral.

Sé Nova de Coimbra

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Inicialmente pertença da Companhia de Jesus, a igreja do Colégio do Santíssimo Nome de Jesus, um dos maiores colégios jesuítas em território português, passará a Sé de Coimbra em 1772, após a expulsão desta Ordem pelo Marquês de Pombal, tendo-se inclusive transladado, da Sé Velha para aqui, a pia batismal e diverso património integrado.

A construção do colégio tinha sido iniciada em 1547, durante a reforma do ensino universitário levada a cabo por D. João III. Apresenta um esquema semelhante ao modelo da casa-mãe da Companhia de Jesus, a Igreja do Gesù, em Roma, com uma planta retangular de nave única, dividida em quatro tramos e transepto, ladeada por capelas laterais intercomunicantes. A capela-mor, inicialmente pouco profunda, é aumentada em 1772 devido à necessidade de adaptar este templo à função de Sé e à introdução do cadeiral seiscentista proveniente da Sé Velha. Possui um órgão de feição neoclássica com teclado manual de 61 notas, considerado raro em Portugal, o qual faz par, na capela-mor, com um órgão mudo.

Sé Velha de Coimbra

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Possivelmente fundada no século IX, a construção do atual edifício da Sé Velha de Coimbra é iniciada em 1128-1146, enquadrando-se artisticamente no chamado “românico afonsino” desta cidade. Aqui trabalhou o Mestre Roberto, arquiteto de origem francesa que terá contribuído para a rutura esquemática desta catedral com as suas homónimas anteriores (Braga e Porto), constituindo-se um ponto matricial da tipologia das catedrais do sul do país.

Mantendo parte da sua traça inicial, apesar do restauro purista da DGEMN durante o século XX, é pautada por uma fachada em calcário amarelo com contrafortes salientes e diminuta fenestração. Serão realizadas diversas reformas ao longo do tempo, como a ampliação da capela-mor em altura e a encomenda do retábulo-mor a Olivier de Gand e Jean D’Ypres, em 1498; ou a construção da Porta Especiosa, na década de 1530, atribuída a João de Ruão e Nicolau de Chanterene. Esta última, composta por três registos arquitetónicos, apresenta um conjunto escultório de elevada qualidade, sendo caracterizada pela loggia que se abre para o terreiro lateral e pela serliana que remata o conjunto. Com a expulsão da Companhia de Jesus, em 1772, o cabido da Sé de Coimbra é transferido para a Igreja do Colégio de Jesus, vindo a agora “Sé Velha” a ser ocupada pela Misericórdia e pela Ordem Terceira de São Francisco, sendo atualmente sede da Paróquia de São Cristóvão.