Mosteiro de Alcobaça

Mosteiro de Alcobaça

O Mosteiro de Alcobaça encontra-se intimamente ligado à afirmação de Portugal como reino independente (1139-1179). Foi fundado por iniciativa do primeiro rei, D. Afonso Henriques, por doação a Bernardo de Claraval, datada de 1153.

Traduz, como poucos monumentos, a sobriedade estética pregada por S. Bernardo e o rigor e a austeridade da Ordem de Cister. As obras foram iniciadas em 1178 e terminadas cerca de 100 anos depois. Na igreja os mestres pedreiros da Ordem de Cister experimentaram o que era, na altura, um novo “modo” de construção – o gótico – introduzindo no território português essa nova linguagem arquitetónica.

Panteão Régio da monarquia portuguesa, o Mosteiro de Alcobaça alberga os túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro, datados do séc. XIV e considerados obras- primas da escultura tumulária europeia. Com um riquíssimo programa decorativo, neles se destacam as representações do Juízo Final, no túmulo de D. Inês, e da Roda da Vida, no túmulo de D. Pedro.

O Mosteiro de Alcobaça, cujas últimas dependências construídas datam do século XVIII, é considerado um dos maiores e mais bem conservados conjuntos abaciais da Ordem de Cister em toda a Europa. A espiritualidade dos monges de Cister e a imaterialidade que a sua busca da perfeição implicava, reflete-se em todo o edifício, espécie de diamante em bruto, espaço único e irrepetível.

© Comissão Nacional da UNESCO

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