“Filigrana de Gondomar”

“Filigrana de Gondomar”

Decorreu no passado dia 1 de março a entrega da placa “Filigrana de Gondomar”, no âmbito da inscrição desta prática em outubro de 2023 no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI). A iniciativa, que teve lugar na 34ª edição da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), constituiu mais um momento de celebração, preconizado pelos artesãos presentes na BTL.

A entrega foi feita pela Vice-Presidente do Património Cultural, I.P., Maria Catarina Coelho, e pela Chefe de Divisão de Inventário, Classificações e Arquivo, Ana Paula Figueiredo, ao Município de Gondomar, representado por Vereadora Sandra Almeida.

A integração da «Filigrana de Gondomar» no INPCI, a 10 de outubro 2023 (Anúncio D.R. n.º 211/2023), na sequência do pedido de inventariação submetido pela Câmara Municipal de Gondomar, veio reconhecer a importância desta manifestação na identidade da comunidade em que se insere, valorizando também os processos sociais e culturais conducentes à sua valorização na contemporaneidade.

A execução de peças em filigrana deriva de um trabalho de parceria entre os ourives, que nas oficinas preparam o fio e a armação dos objetos, as enchedeiras, artesãs que enchem as peças com fio de filigrana em contexto domiciliário e, novamente, os ourives, que irão soldar as mesmas.

Esta técnica de ourivesaria desenvolveu-se a partir do século XVIII, tornando-se nos séculos XIX e XX na atividade identitária de Gondomar, concelho que ainda hoje é o maior centro de produção de ourivesaria do país. Um saber que tem passado de geração em geração, praticado em oficinas familiares e ensinado através da prática, da oralidade e da observação direta.

As oficinas ativas concentram-se nas freguesias de São Cosme, Valbom e Jovim, Fânzeres, São Pedro da Cova, Rio Tinto e Foz do Sousa.

© fotografia CMGondomar