Castelo de Algoso

Vimioso


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Aberto: terça, das 14h00 às 17h30; de quarta a domingo, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 (outubro a março) e terça, das 14h00 às 18h30; de quarta a domingo, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30 (abril a setembro)

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Construído no século XII por Mendo Bofino, possivelmente no final do reinado de D. Afonso Henriques com D. Sancho I já associado ao exercício do poder régio, o Castelo de Algoso assume-se como um importante ponto de vigia e defesa fronteiriça com o reino de Leão, afirmando-se ainda como fulcral no apoio da autoridade régia na Terra de Miranda. No entanto, nada restará da primitiva fortaleza, pelo que a construção do atual castelo roqueiro é realizada já em período de posse pela Ordem de São João do Hospital, a quem a fortaleza foi doada após um período substancial de guerra com o Reino de Leão.

Apresenta uma torre de menagem heptagonal, concebida para melhor resistir a ataques e possibilitar ângulos de tiro mais adequados, como comprovam os matacães existentes e os merlões com seteiras. Junto à muralha situa-se a cisterna com interior abobadado e estrutura em terraço, com capacidade para cerca de noventa mil litros de água. A partir do século XVII, o castelo é abandonado, entrando em estado de ruína. Ao longo do século XX e início do século XXI, será alvo de várias intervenções de conservação e restauro, visando a sua consolidação e valorização.

Castelo de Ansiães

Carrazeda de Ansiães


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Aberto: de terça a domingo, das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00

Encerrado: segundas, 1 de janeiro, Sexta-feira Santa, domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro

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Com elevada importância desde a alta idade média, Ansiães receberá sucessivas cartas de foral desde o século XI, quando Fernando de Magno de Leão outorga o primeiro foral, em contexto da reconquista cristã. Assim, a vila impor-se-á progressivamente como cabeça de um território vasto e rico em recursos naturais, vindo a crescer exponencialmente durante toda a Idade Média.

Esta vila amuralhada é constituída pela zona de alcáçova, numa cota alta, e pela área residencial. O primeiro, correspondente à primitiva implantação roqueira, é definido por uma linha de muralhas ovalada, reforçada com cinco torreões quadrangulares. Possuía igualmente torre de menagem e cisterna, sendo entendida como último reduto em caso de contenda, devido à sua eminente especialização defensiva. Por sua vez, a segunda linha de muralhas, com mais de 600 metros de extensão, cercava a vila velha. Este núcleo urbano era organizado segundo um plano centrado em vários caminhos que se intercediam entre si, definindo bairros e áreas residenciais. A partir do século XVI, há uma alteração demográfica da vila, com uma perda gradual da importância urbana, culminando na transferência dos paços do concelho para Carrazeda, em 1734, e o definitivo abandono da povoação no século XIX.

Castelo de Bragança

Bragança


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(Museu militar)

Aberto: de terça a domingo, das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00

Encerrado: segundas

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Com origem na idade média, o Castelo de Bragança testemunha a vontade da instituição régia de ter um centro regional dominante na zona mais periférica do reino, procurando estreitar relações entre a casa real e a família dominante na região, bem como dotar a vila de estruturas defensivas e incentivos para o seu repovoamento, como comprova o foral de D. Sancho I, em 1187.

O primitivo castelo data deste período, o qual receberia uma primeira reforma gótica no reinado de D. Dinis. No entanto, o atual aspeto do castelo e da cidade deve-se à intervenção quatrocentista, iniciada por D. João I em contexto de afirmação da nova dinastia. Possui uma torre quadrangular com torreões circulares nos vértices, integrada numa cintura de muralhas igualmente dotada de torreões circulares, características provavelmente introduzidas por influência inglesa, posterior à chegada do Duque de Lancaster. No decorrer da Guerra dos Sete Anos, a muralhas do castelo são destruídas pelos castelhanos, em 1762, vindo-se posteriormente a instalar aí um regimento de infantaria, no final século XVIII. Encontrando-se em estado de degradação no início do século XX, o conjunto receberá a partir da década de 1930 várias intervenções de restauro por parte da DGEMN, visando a reconstrução das muralhas, torre de menagem e ligação entre estas. Dentro destas campanhas, insere-se a reparação da Torre da Princesa, envolta em lendas mouras e medievais, impulsionadas ao longo do século XVIII pelas ruínas anexas do paço do governador.

Castelo de Campo Maior

Campo Maior


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Aberto: de terça a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00. Nos dias 24 e 31 de dezembro encerra às 13h00

Encerrado: segundas, 1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro

 

Inicialmente reconquistado pelo Reino de Leão, passará a integrar o território português através do Tratado de Alcanices, em 1297. O castelo será reconstruído por D. Dinis, vindo posteriormente, nos reinados de D. João II e de D. Manuel I, a sofrer obras de ampliação e reabilitação, com desenho de Duarte d’Armas.

A fortaleza abaluartada, de forma a responder às novas armas de fogo, data dos séculos XVII e XVIII, com direção de Nicolau de Langres e posterior intervenção de Luís Serrão Pimentel, formando parte da linha de defesa do Alentejo. É composto por quatro baluartes, seis meios baluartes, quatro revelins e pela chamada Porta da Vila. As muralhas, de planta trapezoidal, possuem ameias e adarve, o qual permite a circulação completa e a passagem pelas torres. Uma vez que se encontra em plena raia, a 10 quilómetros da fronteira, a fortificação é orientada para Espanha. Em 1732, o castelo e a cerca velha são completamente destruídos por uma explosão do paiol, com Diogo Lopes de Sepúlveda a ser responsável pela reconstrução da praça. Nas imediações do castelo existe atualmente o Centro Interpretativo da Fortificação Abaluartada (CIFA), alvo de requalificação em 2021.

Castelo de Castelo de Vide

Castelo de Vide


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Aberto: das 9h30 às 18h00 (de 1 de maio a 15 de setembro) e das 9h30 às 17h00 (de 16 de setembro a 20 de abril)

 

Conquistada em meados do século XII, o amuralhamento da povoação de Vide é continuado por D. Dinis, vindo a concluir-se a construção do castelo já no reinado do seu filho, D. Afonso IV, em 1327. Assim, a muralha medieval apresenta uma planta poligonal irregular, envolvendo o castelo característico da arquitetura militar da baixa idade média, com a torre de menagem adossada à porta principal e com barbacã a anteceder a fortaleza.

Após a reconquista da independência de Portugal, é iniciada a construção de uma fortificação abaluartada, em 1641, com contributo de Nicolau de Langres e de Luís Serrão Pimentel, de modo a responder às novas armas de fogo e a tornar o Castelo de Vide numa fortificação de primeira linha, uma vez que se encontra a cerca de 17 quilómetros da fronteira com Espanha. É composta por seis meios baluartes e dois fortes: o próprio castelo e o Forte de São Roque, contruído entre 1705 e 1710, após a destruição de parte da torre de menagem por uma explosão do paiol. Desativada desde 1823, a praça militar será reabilitada por Nuno Teotónio Pereira e Ana Rita Santos Jorge, em 1989, vindo a sofrer nova intervenção de reabilitação e valorização pelo IPPAR, em 2002, com projeto do mesmo arquiteto.

Castelo de Castelo Melhor

Vila Nova de Foz Côa


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Inicialmente pertencente ao reino de Leão, sendo D. Afonso VII responsável pela concessão de foral e construção da fortaleza, entre 1209-10, passará a integrar o território português após a assinatura do Tratado de Alcanices (1297). No entanto, Castelo Melhor manterá o seu caráter secundário e periférico, não integrando as grandes reformas empreendidas por D. Dinis na linha de reforço militar de Riba-Tua, não o tendo dotado inclusive de torre de menagem.

Este terá sido responsável pela reformulação do sistema de entrada do castelo, construindo dois torreões de planta quadrangular, com impacto cenográfico e simbólico da autoridade régia. No final do século XV, passará para a posse da família Cabral, igualmente senhores da alcaidaria de Belmonte, os quais constroem o seu paço nesta última, não existindo vestígios de igual construção em Castelo Melhor, a ter existido. Esta fortaleza constitui um dos poucos castelos não adulterados pelas vagas de intervenção restauracionistas do século XX, possibilitando um maior conhecimento acerca da baixa idade média, enquanto exemplar de uma fortificação da reconquista cristã com grande autenticidade.

 

Com possível origem no século XII, o atual Castelo de Monforte de Rio Livre resulta da sua reconstrução em 1280, em consequência da destruição provocada pelas guerras com o Reino de Leão. É integrado no processo de organização da fronteira setentrional de D. Afonso III, pertencendo à linha defensiva de Trás-os-Montes. Já se encontrando amuralhada, a construção da torre de menagem ocorre por volta de 1312, vindo a concluir-se a reconstrução do castelo em pleno reinado de D. Dinis, numa altura em que se documenta a presença de um alcaide e se verifica um forte crescimento do espaço urbano.

A torre de menagem, de planta retangular e composta por três pisos, está adossada ao pano de muralha, exteriormente ao pátio de armas, revelando uma evolução na defesa. O acesso era realizado através uma porta elevada voltada para o pátio interior. A torre é ainda particularizada pela inclusão de uma cisterna abobadada, no piso inferior, bem como pelo remate em parapeito corrido e assente em cachorros escalonados. A porta ocidental ligava o castelo à vila muralhada, a qual integrava a Casa da Câmara, a igreja paroquial e a Capela de Nossa Senhora do Prado, existentes até ao século XVIII. A partir do final da idade média, a vila entra em declínio, vindo a ficar despovoada até ao final do século XVIII, altura em que os poucos moradores mudam-se para o lugar de Águas Frias. Ao longo do século XX, receberá diversas obras de beneficiação.

Castelo de Numão

Vila Nova de Foz Côa


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Com origem na baixa idade média, o Castelo de Numão implanta-se no cimo de um cabeço bastante declivoso, sendo composto por muralhas e torre de menagem. O primeiro documento que alude a uma fortificação em Numão data de 960, altura em que aparece integrada na lista de fortalezas doadas por D. Flâmula ao Mosteiro de Guimarães. Integra o primeiro momento de organização portuguesa, recebendo foral em 1128, dois anos antes de ser doado a Fernão Mendes de Bragança, importante nobre do nordeste português vinculado à autoridade de D. Afonso Henriques.

Apresenta-se como uma fortificação plenamente gótica, de perímetro oval, à semelhança das demais “vilas novas” de Trás-os-Montes e Alto Douro, contando com torres incorporadas na própria muralha ou adossadas pelo exterior, assim como com uma cisterna, útil em caso de cerco. A torre de menagem é de planta quadrada e rematada por cornija assente em cachorrada com decoração geométrica. A partir de meados do século XVI, acentua-se o despovoamento de Numão, levando à gradual degradação do castelo e do aglomerado urbano envolvente. Graças à intervenção da DGEMN, a partir da década de 1940, consolida-se a ruína do conjunto e procede-se à reconstrução dos panos de muralha.

Castelo de Outeiro

Bragança


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De origem incerta, o Castelo de Outeiro deverá ter sido construído no final do século XIII, datação corroborada pela sua referência em documentos contemporâneos e pela sua planta ovalada irregular, própria das “vilas novas” de Trás-os-Montes e Alto Douro, dos séculos XIII-XIV. É implantada no cume de um monte, com cerca de 800 metros de altitude, facto que lhe permite demarcar-se da paisagem e controlar visualmente os territórios envolventes, com visibilidade de Miranda e de Zamora.

Após a crise dinástica de 1383-1385, D. João I patrocina a reconstrução das muralhas do Castelo de Outeiro e concede privilégios visando o seu repovoamento. No início do século XVI, Duarte d’Armas descreve possuir uma torre de menagem retangular, aparentemente adossada a uma porta, assim como barbacã e diversos elementos defensivos, como os hurdícios, matacães e troneiras. A partir deste período, Outeiro entra em decadência, acabando por ser completamente abandonada nas décadas seguintes à restauração da independência. Contrariamente a parte considerável do património medieval português, este castelo não foi alvo de restauro pela DGEMN, tendo-se exclusivamente realizado a uma pequena intervenção de consolidação em 1993.

 

Permanecendo até à atualidade envolto em desconhecimento, o Castelo de Rebordãos recebe carta de foral de D. Sancho I, no âmbito do esforço régio em fazer reconhecer a sua autoridade no nordeste transmontano, sinal de que seria um importante povoado.

A reforma do castelo deverá datar deste período, uma vez que apesar de apresentar uma planta elítica, não se enquadra na tendência oval que caracterizou as “vilas novas” de Trás-os-Montes e Alto Douro, segundo a reforma militar e administrativa de D. Dinis. O castelo, sem torre de menagem, implanta-se na Serra da Nogueira, com excelentes condições de implantação estratégica e de defesa naturais, avistando-se as fortalezas de Bragança, Vimioso, Outeiro, Penas Róias, Miranda e as terras em direção a Zamora.