Direção-Geral do Património Cultural

Eis a sinopse: «Com raízes profundas na centúria anterior, o século XVI corresponde de certo modo ao auge da cidade de Évora, com a concessão de um novo foral logo em 1501, transformando-se assim num dos mais relevantes centros artísticos do reino. Esta importância ficou a dever-se em parte à presença assídua da coroa portuguesa e da corte na urbe eborense, culminando este processo de afirmação com a elevação da diocese de Évora à categoria de arquidiocese em 1540. Entre os muitos artistas que visitaram ou estadearam na cidade como Francisco de Arruda, Gregório Lopes ou António de Holanda, destacou-se pela carreira ímpar desenvolvida na corte e no seio dos mecenas mais influentes da época o francês Nicolau Chanterene (act. 1511-1554) que nos legou um conjunto importante de peças escultóricas de cariz renascentista no nosso país. Todavia, a obra que lhe anda atribuída em Évora apresenta diferenças assinaláveis entre si, o que indicia, portanto, que nem todas as obras serão devidas ao seu cinzel ou oficina. A conferência será uma oportunidade para revisitar a obra de Chanterene e o modo como se interliga ou se afasta dos belíssimos exemplos escultóricos existentes na cidade eborense, em particular no Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo». 

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