Está patente até 3 de outubro, no Museu de Arte Popular (MAP) a Exposição Côa & Siega Verde: Arte Sem Limites que reúne, ao longo de todo o percurso expositivo, peças originais, réplicas, reconstituições da arte rupestre do Vale do Côa.
A exposição é uma parceria entre a Junta de Castilla y León, a Fundação Côa-Parque e a Direcção-Geral do Património Cultural/Museu Nacional de Arqueologia e Museu Nacional de Etnologia e irá estar patente alternadamente no MAP em Lisboa e depois no Museu Arqueológico Nacional de Espanha, em Madrid.
Pretende-se com esta mostra não só sensibilizar o público para as formas mais antigas de expressão artística da humanidade, como também combater a ideia, ainda muito difundida, de que estas imagens só eram produzidas no interior de cavernas e abrigos. De facto, hoje temos muitas evidências que nos asseguram que as imagens do Paleolítico Superior terão sido muito mais comuns ao ar livre que no interior de grutas e abrigos, mas a maior parte das primeiras ter-se-á perdido, ao contrário das segundas que se terão conservado melhor por estarem protegidas da intempérie. Acontece que as condições especiais do Vale do Côa e Siega Verde, designadamente a sua geologia, permitiram a conservação da arte paleolítica ao ar livre até aos nossos dias. Estes sítios constituem-se assim como raríssimos testemunhos de uma variante particular – a arte ao ar livre – de uma tradição artística europeia vigente entre, pelo menos, os 42.000 anos e os 12.000 anos atrás (a arte do Paleolítico Superior europeu).
As bases sobre as quais se alicerça esta exposição correspondem aos resultados da investigação que várias equipas, essencialmente portuguesas e espanholas, têm vindo a desenvolver na região desde há cerca de 30 anos.
Ao longo do seu percurso, o visitante encontrará peças originais, réplicas e reconstituições, assim como diversa informação textual e gráfica, aparecendo esta na forma de desenhos, fotos, vídeos e até de hologramas. A exposição é ainda pontuada por diversos elementos expositivos de carácter interativo que pretendem contribuir para uma melhor compreensão dos conteúdos apresentados.
A exposição é comissariada por Thierry Aubry, André Tomás Santos (Fundação Côa Parque), Javier Fernández Moreno e Cristina Vega Maeso (Junta de Castilla y León), igualmente editores de um livro-guia que contará com a participação outros 12 investigadores, portugueses e espanhóis.
Programa Educativo:
Para além de visitas guiadas em Português, Inglês e Espanhol, o programa educativo da exposição integra oficinas de pintura dedicadas a famílias com crianças e peddy-papers dirigidos ao público escolar, para além de outras atividades, asseguradas pela equipa do serviço educativo do Museu Nacional de Arqueologia .
Horário de Visita:
A exposição “Côa e Siega Verde: Arte sem limites” encontra-se acessível no horário normal de visita do Museu de Arte Popular, a saber:
Quarta-feira a Sexta-Feira: das 10h00 às 18h00
Sábados e Domingos: das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
- Organization:
- Junta de Castilla y León, a Fundação Côa-Parque e a Direcção-Geral do Património Cultural/Museu Nacional de Arqueologia e Museu Nacional de Etnologia
- Local:
- Museu de Arte Popular, Lisboa