Finissage da Exposição Maquetes de Arquitetura – Maquetes como componente de projeto

14 dezembro, 16h00

A exposição “Maquetas de Arquitetura – Maquetas como componente de projeto” patente no Círculo da Arquitetura, Oeiras, pretende mostrar a importância da execução de maquetas no desenvolvimento dos projetos de arquitetura e de planeamento, sobretudo numa época em que não havia recursos informáticos.

Arq.º José Manuel Fernandes
Moradia unifamiliar para Snu e Vasco Abecassis, Sesimbra
Vida e Obra do Arquiteto Jorge Viana

_{Jorge Viana
ca. 1963}

_{Fotografias das 18 maquetas expostas no Círculo da Arquitetura: Laura Guerreiro [ Luís Pavão, Lda. ]}

Materiais: acrílico, aglomerado de madeira, cartão, figuras em miniatura, plantas secas, pedra-pomes
Escala: 1:50
Dimensões: 67x41x81 cm
Descrição maqueta: maqueta de cariz realista, representando a proposta final de arquitetura. Apresenta modulação do terreno com a implantação da casa, executada em materiais que se aproximam em cor e textura da realidade. Os acessos e o terreno são bastante precisos estando ainda representada a piscina a construir e os afloramentos rochosos que se previa manter no local. Tem miniaturas de figuras humanas para facilitar a visualização da escala e da relação entre os volumes.
Autor maqueta: não identificado.
Descrição projeto: arquitetura residencial unifamiliar composta por moradia maioritariamente de um piso. A construção seria escalonada, acompanhando o declive do terreno, tirando partido estético de um afloramento rochoso. Apresenta zona de terraço voltado para a piscina e zona de solário privado. Toda a zona de estar e também dos quartos teriam vista de mar e estariam protegidos do vento Norte. Na sala estava prevista uma zona de duplex. A piscina localizar-se-ia na parte inferior da casa. Procurou-se que o aspeto arquitetónico da moradia correspondesse à característica rural da zona. O projeto não foi construído.
Autor projeto: arquiteto Jorge Viana (1970).
Entidade detentora: PC,IP/SIPA: Espólio do arquiteto Jorge Viana: Coleção de objetos.

SINOPSE

As moradias não construídas para Vasco e Snu Abecassis, em Sesimbra e Leiria Fernandes, em Vilamoura, refletem inteiramente o período histórico que a arquitetura começou a atravessar nos anos 1950 e que compreendeu a revisão dos princípios do Movimento Moderno e a recuperação dos valores tradicionais da arquitetura regional e vernacular. Nestas casas unifamiliares dos anos 1970 floresceu, assim, esta nova síntese, que procurava combinar os ideais modernos com as características próprias dos lugares de inserção, nestes casos, em programas ligados ao lazer e a uma certa escala cosmopolita.

_{Moradia para Leiria Fernandes, Vilamoura, 1972}

A moradia de Vilamoura representou a proposta de Jorge Viana para uma habitação de feição simultaneamente moderna e tipicamente algarvia. Já a moradia de Sesimbra caracterizou-se, deste modo, como um edifício de desenho orgânico, totalmente vinculado ao terreno, que se exprimia numa “cascata” de volumetrias fragmentadas e sequenciais, articuladas por sua vez com sucessivos patamares abertos, olhando o mar.

José Manuel Fernandes | Nov. 2024