Conferência “Entre maciços: novas abordagens ao estudo do Paleolítico na Estremadura portuguesa” – encerra comemoraões dos 25 anos da decoberta do Abrigo do Lagar Velho e da Criança do Lapedo
Decorreu no passado dia 7 de dezembro, no Museu de Leiria, a conferência “Entre maciços: novas abordagens ao estudo do Paleolítico na Estremadura portuguesa”, organizada pelo Município de Leiria, com o apoio do PC, IP.
O encerramento da Conferência contou com a presença de Ana Catarina Sousa, Vice-Presidente do PC, IP, assim como um diversificado painel de investigadores, entre os quais Ana Cristina Araújo e Ana Maria Costa, do Laboratório de Arqueociências – LARC, do PC, IP, que deram a conhecer os trabalhos que estão a desenvolver, assim como, novos dados e as suas implicações, no âmbito do projeto “O Abrigo do Lagar Velho e os primeiros homens anatomicamente modernos”, PIPA ALV2018. Um projeto que conta também com a participação dos investigadores Joan Daura e Montserrat Sanz, da Universidade de Barcelona.
No encerramento, a Vice-Presidente do PC, IP, referiu que “com a comemoração deste aniversário, estamos certos de que este projeto do Lagar Velho – que foi desenvolvido com a equipa do LARC, com investigadores associados e a equipa do Museu de Leiria – já é um projeto das populações atuais de Leiria. Portanto, para além da tutela do Património, e das Camaras Municipais, que venham muitos outros centros de investigação com perspetivas diferentes porque apenas assim conseguiremos avançar, até com perspetivas múltiplas de interpretação».
Ana Catarina Sousa disse ainda, em tom de conclusão, que «neste balanço dos 25 anos, temos ainda muitos desafios não só de investigação, como de gestão e de fruição deste património tão importante» que é o Abrigo do Lagar Velho.
De destacar, que atualmente está a decorrer, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a “ESTABILIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO ABRIGO DO LAGAR VELHO (ALV) – INTERVENÇÃO ARQUEOLÓGICA NO TESTEMUNHO PENDURADO- 1ª FASE (SaALV’25), cuja área localizada mais à poente, que é o foco desta intervenção, encontrava-se em risco de queda. Assim, o objetivo é garantir a salvaguarda dos vestígios de ocupação “armadilhados” no Testemunho Pendurado (uma reentrância na parede calcária do Lagar Velho que contém materiais datados de 26 000 e 24 000 anos, ali deixados pelas comunidades de caçadores recolectores do Paleolítico).
FOTOGALERIA
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