
Convento de Santo António, incluindo a respectiva cerca - detalhe
Designação
Designação
Convento de Santo António, incluindo a respectiva cerca
Outras Designações / Pesquisas
Convento de Santo António de Penela, incluindo a respectiva cerca / Convento de Santo António (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
Arquitectura Religiosa / Convento
Inventário Temático
-
Localização
Divisão Administrativa
Coimbra / Penela / São Miguel, Santa Eufémia e Rabaçal
Endereço / Local
Rua do Convento
Penela
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Cronologia
Decreto n.º 2/96, DR, I Série-B, n.º 56, de 6-03-1996 (ver Decreto)
Despacho de homologação de 1-05-1982 do Secretário de Estado da Cultura
ZEP
Portaria n.º 227/2010, DR, 2.ª Série, n.º 58, de 24-03-2010 (sem restrições) (ver Portaria)
Despacho de homologação de 29-08-2007 da Ministra da Cultura
Parecer favorável de 12-07-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR
Proposta de 28-07-2005 da DR de Coimbra
Zona "non aedificandi"
-
Abrangido em ZEP ou ZP
-
Abrangido por outra classificação
-
Património Mundial
-
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
Implantado em local isolado, cercado por vegetação, o convento de Santo António segue as premissas que habitualmente caracterizam as casas religiosas franciscanas, pautando-se todo o conjunto por uma grande austeridade arquitectónica e decorativa. Foi fundado em 1576 (CORREIA, GONÇALVES, 1952), e pertenceu à Província de Santo António dos franciscanos capuchos. Todavia, duas grandes intervenções alteraram a configuração original do convento. A primeira, ocorrida na segunda metade do século XVII e de âmbito eminentemente decorativo, foi responsável pela execução do novo retábulo (ainda que posteriormente alterado), pelas respectivas imagens e ainda pelo púlpito. A segunda, mais alargada, remodelou a arquitectura da igreja e do convento, dotando ainda o templo de um revestimento azulejar e de novos retábulos colaterais. Por fim e já na segunda metade do século XVIII, foram introduzidas algumas alterações nos antigos retábulos, actualizando-os em relação à linguagem rococó.
O convento é antecedido por um portão de remate recortado, que se liga à igreja através de um muro. O edifício conventual apresenta alçados uniformes, abertos por janelas simétricas, e estrutura-se em torno do claustro. Por sua vez, a fachada do templo é rasgada por uma galilé com arco abatido, tal como acontece em grande parte das edificações franciscanas. Sobrepõe-se-lhe a janela do coro, flanqueada por dois nichos com as imagens de São Francisco e Santa Clara e, por fim, o frontão contracurvado é aberto, no tímpano, por um óculo.
Já no interior, de nave única, mantêm-se os retábulos colaterais, de estilo nacional, mas modificados na segunda metade de Setecentos, incorporando, por isso, elementos concheados. Situação semelhente acontece em relação ao retábulo-mor.
Neste conjunto, ganham especial significado os azulejos azuis e brancos, de fabrico coimbrão, e que representam episódios da vida de Santo António. Os da capela-mor são mais antigos (c. 1740) do que os da nave (c. 1750-55), e alguns encontram-se bastante degradados, com falhas consideráveis. Já na galilé, coexistem azulejos datados por Santos Simões de cerca de 1770-80 (SIMÕES, 1979, p. 153) com outros mais recentes, já do século XIX (CORREIA, GONÇALVES, 1952).
(Rosário Carvalho)
Bibliografia
Título
Azulejaria em Portugal no século XVIII
Local
Lisboa
Data
1979
Autor(es)
SIMÕES, J. M. dos Santos
Título
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e Santarém
Local
Lisboa
Data
2000
Autor(es)
SEQUEIRA, Gustavo de Matos
Título
Penela: história e arte
Local
Penela
Data
1983
Autor(es)
DIAS, Pedro, ARNAUT, Salvador Dias