
Ponte D. Maria - detalhe
Designação
Designação
Ponte D. Maria
Outras Designações / Pesquisas
Ponte de Santa-Clara-a-Velha / Ponte de D. Maria / Ponte de Santa-Clara-a-Velha (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
Arquitectura Civil / Ponte
Inventário Temático
Pontes Históricas do Alentejo
Localização
Divisão Administrativa
Beja / Odemira / Santa Clara-a-Velha
Endereço / Local
-- -
Odemira
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como IM - Interesse Municipal
Cronologia
Deliberação camarária de 19-01-2006
ZEP
-
Zona "non aedificandi"
-
Abrangido em ZEP ou ZP
-
Abrangido por outra classificação
-
Património Mundial
-
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
Imóvel
A Ponte de D. Maria, também conhecida como Ponte de Santa Clara-a-Velha, localiza-se na margem direita do rio Mira, entre a aldeia de Santa Clara-a-Velha e a barragem.
Encontrando-se atualmente muito arruinada, conserva na margem Sul apenas o arranque de um arco e, na margem Norte, dois arcos completos bem como o arranque de um terceiro. Os arcos da ponte são todos de volta perfeita, com arquivoltas em cantaria muito bem aparelhada de tom avermelhado, assim como os pilares e os talha-mares piramidais de extrema regularidade geométrica. O tabuleiro plano encontra-se, atualmente, coberto de gravilha, não subsistindo mais do que a fundação das guardas laterais. O restante aparelho da ponte é em alvenaria de pedra simples argamassada, surgindo ainda, ao nível dos paramentos, restos do revestimento.
História
Iniciada a sua construção no tempo de D. Maria, apenas ficou concluída por volta de 1822.
Refira-se, ainda, que esta ponte se situa numa antiga via romana que ligava Arandis (Garvão) a Ossónoba (Faro) com um outro ramal para Pax Julia (Beja), razão pela qual é também conhecida como ponte romana. Apesar de não ser deste período, poderá eventualmente corresponder ao local onde existia uma outra estrutura mais antiga.
Em 1833 foi por esta ponte que passou uma das divisões expedicionárias do Duque de Terceira que acabou por entrar vitorioso em Lisboa. No entanto, em 1849, a ponte apresentava já um elevado grau de degradação originando a que a Câmara de Odemira alertasse para a necessidade urgente de a reconstruir ou substituir por outra junto à aldeia. Nos finais do século XIX, para além de não existirem guardas, começaram a surgir grandes fendas nas abóbadas dos arcos centrais obrigando ao encerramento da circulação de veículos. Mais tarde, em meados do século XX, uma obra desadequada deu origem à sua derrocada até que, em 2005, por iniciativa do ex. IPPAR se procedeu ao restauro do que subsistia deste importante monumento que, até aos dias de hoje se mantém como um importante marco cultural da região.
Maria Ramalho/DGPC/2017, com o apoio de Ana Tendeiro, C. M. de Odemira
Bibliografia
Título
Resenha Histórica do plano de urbanizaçao de Sta Clara-a-Velha de 1981 do arqt. Joao Manuel M. Frazao
Local
-
Data
-
Autor(es)
-
Título
Pontes Históricas do Alentejo
Local
Lisboa
Data
2005
Autor(es)
MARQUES, João Antonio Ferreira