
Janela manuelina integrada num prédio na Rua Direita - detalhe
Designação
Designação
Janela manuelina integrada num prédio na Rua Direita
Outras Designações / Pesquisas
Casa na Rua Direita, n.º 49 (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
Arquitectura Civil / Janela
Inventário Temático
-
Localização
Divisão Administrativa
Leiria / Alcobaça / Aljubarrota
Endereço / Local
Rua Direita
Aljubarrota
Número de Polícia: 49
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Cronologia
Decreto n.º 47 508, DG, I Série, n.º 20, de 24-01-1967 (ver Decreto)
ZEP
Portaria n.º 45/2014, DR, 2.ª série, n.º 14, de 21-01-2014 (sem restrições) (ZEP da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, da Janela manuelina integrada num prédio na Rua Direita e do Pelourinho de Aljubarrota) (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 12-08-2013 da diretora-geral da DGPC
Anúncio n.º 229/2013, DR, 2.ª série, n.º 119, de 24-06-2013 (alteração do projeto de decisão) (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 14-05-2013 da diretora-geral da DGPC
Parecer favorável de 23-04-2013 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Informação favorável de 20-02-2013 da DGPC
Proposta de alteração de 20-11-2012 da CM de Alcobaça
Anúncio n.º 13574/2012, DR, 2.ª série, n.º 200, de 16-10-2012 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 10-09-2012 do diretor-geral da DGPC
Parecer favorável de 18-06-2012 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 30-04-2012 da DRC de Lisboa e Vale do Tejo para a fixação de três ZEP, individuais e coincidentes, para a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, a Janela Manuelina e o Pelourinho de Aljubarrota
Zona "non aedificandi"
-
Abrangido em ZEP ou ZP
-
Abrangido por outra classificação
-
Património Mundial
-
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
Localizado no centro litoral português, o território abrangido na actualidade pelo concelho de Alcobaça prima pela heterogeneidade geológica, geográfica e dos próprios recursos cinegéticos, razão pela qual se diferencia ao nível da estratégia de povoamento (MARQUES, 1994, pp. 11-19), desde a mais alta antiguidade humana, como atestam os inúmeros testemunhos arqueológicos (desde o Paleolítico até à Alta Idade Média) identificados até ao momento, motivando a curiosidade de nomes destacados da emergente Arqueologia ainda durante a segunda metade do século XIX.
A abundância de estações arqueológicas reafirma, assim, as excelentes condições oferecidas pela região às comunidades humanas que nela procuravam fixar-se, não surpreendendo, por isso, que fosse atravessada por diversas vias, lançadas ao tempo da conquista romana, ainda que seguindo, nalguns casos, tradições anteriores, numa comprovação da sua relevância, ao mesmo tempo que servia de ponto de ligação com a região Norte.
Uma importância que não mais desapareceu dos horizontes alcobacenses, antes fortalecendo-se em período medieval, altura em que o concelho foi profundamente marcado pela presença da Ordem de Cister, depois de D. Afonso Henriques (1109-1185) conquistar as suas terras aos muçulmanos por volta de 1148, doando-as àquela Ordem, em 1153 (ano da fundação do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça), constituindo os "Coutos de Alcobaça", sucessivamente acrescentados por doações régias e de outros fiéis.
Integrando o seu concelho encontra-se a freguesia de Aljubarrota, ela própria, em tempos, sede de um concelho entretanto extinto, numa revelação da importância que ocupou em tempos idos, nomeadamente durante a Idade Média e Modernidade, à qual não foi, certamente, estranha a memória da célebre batalha travada nos seus campos. Na verdade, algumas das edificações que tornaram reconhecida esta povoação ao longo dos tempos foram erguidas, justamente, no século XVI, a exemplo da igreja de S. Vicente, assim como de uma residência particular situada na Rua Direita, da qual remanesce um importante elemento quinhentista. Referimo-nos, em concreto, à "Janela manuelina, num prédio na Rua Direita, 49".
Com efeito, é no piso superior da casa, rasgado por varandim alpendrado, de cinco colunas clássicas, que se encontra, ao lado, uma antiga janela manuelina mainelada, da qual subsiste a moldura do vão, coroada, na verga lavrada, por três cogulhos, ostentando ombreiras e base profusamente enobrecidas por cordões, um dos motivos mais utilizados na gramática decorativa manuelina.
[AMartins]
Bibliografia
Título
Breve História de Alcobaça
Local
Alcobaça
Data
1995
Autor(es)
VILA NOVA, Bernardo
Título
Monumentos de Portugal. Alcobaça e Batalha
Local
Lisboa
Data
1927
Autor(es)
LARCHER, Jorge das Neves
Título
Subsídios para a história de Alcobaça
Local
Alcobaça
Data
1956
Autor(es)
VILA NOVA, Bernardo
Título
Mais subsídios para a História de Alcobaça
Local
Alcobaça
Data
1960
Autor(es)
VILA NOVA, Bernardo
Título
Alcobaça monumental, histórica e turística
Local
Alcobaça
Data
1940
Autor(es)
ALVES, Fernando António
Título
Guia de Alcobaça
Local
Alcobaça
Data
1926
Autor(es)
VILA NOVA, Bernardo
Título
Alcobaça, Tesouros Artísticos de Portugal
Local
Lisboa
Data
1976
Autor(es)
ALMEIDA, José António Ferreira de
Título
Por terras dos antigos coutos de Alcobaça. História, arte e tradição
Local
Alcobaça
Data
1994
Autor(es)
MARQUES, Maria Zulmira Albuquerque Furtado
Título
Aljubarrota, Tesouros Artísticos de Portugal
Local
Lisboa
Data
1976
Autor(es)
ALMEIDA, José António Ferreira de