
Pelourinho de Beja - detalhe
Designação
Designação
Pelourinho de Beja
Outras Designações / Pesquisas
Pelourinho de Beja (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
Arquitectura Civil / Pelourinho
Inventário Temático
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Localização
Divisão Administrativa
Beja / Beja / Beja (Santiago Maior e São João Baptista)
Endereço / Local
Praça da República
Beja
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Cronologia
Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933 (ver Decreto) Ver inventário elaborado pela ANBA
ZEP
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Zona "non aedificandi"
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Abrangido em ZEP ou ZP
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Abrangido por outra classificação
Património Mundial
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Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
Inicialmente edificado no terreiro dos Paços do Concelho (ESPANCA, Túlio, 1993), o pelourinho teria sido mandado construir por D. Manuel, após a concessão do foral da Leitura Nova em Abril de 1521 (já não tanto enquanto distintivo de jurisdição, mas assumindo o carácter simbólico e artístico adquirido durante o reinado de D. Manuel e associado à renovação dos forais promovida pelo Venturoso ). À semelhança das obras régias deste período, também no Pelourinho de Beja figuram os emblemas deste monarca, como remate do monumento - esfera armilar e a cruz de Cristo em ferro.
No início do século XIX, o pelourinho de Beja foi transferido para a Praça de D. Manuel (actual Praça da República), acabando por ser desmontado no mesmo século, em data desconhecida. Um percurso atribulado que culminou, nesta época, com o desaparecimento dos seus elementos arquitectónicos, à excepção do capitel, do remate e de parte do fuste.
Já no século XX, em 1938, o Pelourinho foi reconstruído segundo o modelo original, respeitando a estrutura e os elementos decorativos manuelinos. Para tal foram efectuados estudos sobre documentos iconográficos, que permitiram a reconstrução do monumento, ainda que introduzido algumas alterações, nomeadamente ao nível da base (poligonal com moldura), do fuste (helicoidal), e da decoração do remate e do capitel. No final de Setembro de 2001, o pelourinho foi parcialmente destruído em consequência de um acidente.
Este é um exemplo de arquitectura revivalista, muito comum no decorrer da primeira metade do século XX: a reedificação dos pelourinhos que, enquanto símbolos de autonomia dos concelhos no passado, reforçaram a imagem do poder concelhio nos inícios do século XX.
(Rosário Carvalho)
Bibliografia
Título
Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Beja, Vol. XII
Local
Lisboa
Data
1992
Autor(es)
ESPANCA, Túlio