
Castelo da Vidigueira - detalhe
Designação
Designação
Castelo da Vidigueira
Outras Designações / Pesquisas
Ruínas do antigo Paço dos Gamas
Atalaia das Vidigueiras / Castelo da Vidigueira (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
Arquitectura Militar / Castelo
Inventário Temático
-
Localização
Divisão Administrativa
Beja / Vidigueira / Vidigueira
Endereço / Local
Rua do Castelo
Vidigueira
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Cronologia
Decreto n.º 251/70, DG, I Série, n.º 129, de 3-06-1970 (ver Decreto)
ZEP
-
Zona "non aedificandi"
-
Abrangido em ZEP ou ZP
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Abrangido por outra classificação
-
Património Mundial
-
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
O primeiro donatário da Vidigueira e do seu castelo foi Mestre Tomé, tesoureiro da Sé de Braga no reinado de D. Afonso III, fazendo esta doação régia parte da estratégia repovoadora da região no século XIII. Mestre Tomé, também encomendador da antiga matriz da povoação, terá erguido e reforçado o castelo como bastião defensivo da linha do Guadiana, importante fronteira luso-castelhana. Poucas décadas mais tarde, no início do século XIV, D Dinis recuperou a pose da vila da Vidigueira para a Coroa, e em 1385 D. João I doou-a ao contestável D. Nuno Alvares Pereira. Através do casamento de sua filha, D. Beatriz Pereira Alvim, com D. Afonso, Conde de Barcelos e 1º Duque de Bragança, o castelo e termo da Vidigueira passariam para a posse da Casa de Bragança, uma das mais opulentas do reino. A robusta torre quadrangular que hoje ainda se pode apreciar, datará provavelmente do senhorio de D. Fernando, 2º Duque de Bragança, na primeira metade do século XV. Com o confisco geral dos bens da Casa de Bragança, em 1483, as propriedades regressaram à Coroa até à anulação do processo em 1500, por D. Manuel, seguida da outorga de foral à Vidigueira, em 1512.
Porém, pouco tempo se passaria até que este mesmo monarca concedesse a D. Vasco da Gama, Almirante da Índia, o titulo de Conde da Vidiqueira, em recompensa pelos seus feiros ultramarinos. Uma vez mais o castelo saía da posse da casa bragantina; em 7 de Novembro de 1519 Vasco da Gama assinou um contrato de "promutaçam vemda e escaybo e Renuciaçam" com o Duque de Bragança, mudando-se de Évora para o Paço da Vidigueira, o palácio anexo à fortificação. Deste paço, que foi certamente uma construção importante, nada resta actualmente, à excepção talvez de uma janela geminada, de estilo manuelino, trazida de Vila de Frades por se julgar ter pertencido à habitação nobre dos Condes da Vidigueira.
Quanto à torre de menagem acima citada, também conhecida por Atalaia das Vidigueiras, trata-se de uma construção maciça, em aparelho regular, embora já alterado por sucessivas intervenções, onde os vestígios do paramento da muralha foram transformados em escadaria de acesso. Consolidada recentemente, não apresenta coberturas, nem vestígios de uma eventual coroação de merlões. Numa das fachadas figura uma pedra de armas, aí colocada seguramente em época mais recente, exibindo as armas dos Condes da Vidigueira, tal como foram dadas ao próprio Vasco da Gama (com escudete ao centro, formado por cinco escudetes postos em cruz). SML
Bibliografia
Título
Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Beja, Vol. XII
Local
Lisboa
Data
1992
Autor(es)
ESPANCA, Túlio
Título
Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, IPPAR, vol. I
Local
Lisboa
Data
1993
Autor(es)
LOPES, Flávio
Título
Gamas e Condes da Vidigueira
Local
-
Data
2001
Autor(es)
ALVES, Ivone Correia
Título
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I
Local
Lisboa
Data
2002
Autor(es)
DIAS, Pedro
Título
Vasco da Gama e a Vidigueira : estudo histórico
Local
Lisboa
Data
1886
Autor(es)
ARAGÃO, Teixeira de