
Elementos mais representativos existentes na Quinta das Lágrimas - detalhe
Designação
Designação
Elementos mais representativos existentes na Quinta das Lágrimas
Outras Designações / Pesquisas
Jardim da Quinta das Lágrimas / Jardim da Quinta do Pombal (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
Arquitectura Civil / Quinta
Inventário Temático
-
Localização
Divisão Administrativa
Coimbra / Coimbra / Santa Clara e Castelo Viegas
Endereço / Local
Estrada da Várzea
Coimbra
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Cronologia
Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto)
ZEP
-
Zona "non aedificandi"
-
Abrangido em ZEP ou ZP
-
Abrangido por outra classificação
-
Património Mundial
-
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
Cenário do amor proibido entre D. Pedro I e D. Inês de Castro, a Quinta das Lágrimas possui um conjunto de nascentes (de onde brotou a conhecida Fonte das Lágrimas), um Palácio do século XIX e um jardim onde se podem encontrar inúmeras e raras espécies vegetais de todo o mundo (Figueiras da Austrália -também referida como árvore da borracha-, canforeiras, sequóias, plátanos, carvalhos, palmeiras, entre centenas de outras).
A origem da Quinta, cujas matas foram coutadas de caça da família Real, dilui-se ao longo dos séculos, embora se saiba que foi propriedade da Universidade e de uma Ordem Religiosa. Tornou-se pertença da família Osório Cabral de Castro a partir de 1730, época em que se construiu o Palácio. No entanto, em 1879 um incêndio destruiu grande parte do edifício que foi reconstruído por Miguel Osório Cabral de Castro no final do século XIX, reflectindo as influências revivalistas colhidas nas diferentes viagens que fez pela Europa.
A sua estrutura define-se através de um corpo central e dois laterais, estes últimos com uma galaria de colunelos quadrados no alçado principal. À direita situa-se a capela.
A Fonte das Lágrimas que, segundo reza a tradição, teve origem nas lágrimas derramadas por D. Inês quando foi cruelmente assassinada, situa-se perto da mina identificada por António de Vasconcelos, e cuja porta de entrada é em arco quebrado, provavelmente do século XIV (GONÇALVES, CORREIA, 1947). As lágrimas de D. Inês constituiram também fonte de inspiração para inúmeros escritores que posteriormente escreveram sobre este trágico romace. Entre eles destaca-se Luís de Camões, cuja estrofe 135 do canto III d'Os Lusíadas, se encontra gravada numa lápide colocada junto da fonte:
As filhas do Mondego, a morte escura
Longo tempo chorando memoraram
E por memória eterna em fonte pura
As Lágrimas choradas transformaram
O nome lhe puseram que ainda dura
Dos amores de Inês que ali passaram
Vede que fresca fonte rega as flores
Que as Lágrimas são água e o nome amores
Actualmente a Quinta das Lágrimas constitui um hotel de luxo, pertencente à cadeia Relais & Châteaux.
(Rosário Carvalho)
Bibliografia
Título
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e Santarém
Local
Lisboa
Data
2000
Autor(es)
SEQUEIRA, Gustavo de Matos
Título
Património Edificado com Interesse Cultural - Concelho de Coimbra
Local
Coimbra
Data
2009
Autor(es)
Câmara Municipal de Coimbra - Departamento de Cultura