
Pelourinho de Redondos - detalhe
Designação
Designação
Pelourinho de Redondos
Outras Designações / Pesquisas
Pelourinho de Cima / Pelourinho de Redondos (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
Arquitectura Civil / Pelourinho
Inventário Temático
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Localização
Divisão Administrativa
Coimbra / Figueira da Foz / Buarcos e São Julião
Endereço / Local
Largo do Pelourinho de Cima
Buarcos
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Cronologia
Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933 (ver Decreto) Ver inventário elaborado pela ANBA
ZEP
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Zona "non aedificandi"
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Abrangido em ZEP ou ZP
Abrangido por outra classificação
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Património Mundial
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Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
A primeira referência conhecida a Redondos surge no primeiro testamento de D. Afonso Henriques, datado de 1143, onde o monarca doa ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra uma parte da zona alta da povoação de Eimide, sendo a outra parte já pertença do cenóbio. Toda a região de Eimide se viria a denominar Redondos a partir de 1216, data na qual o mosteiro emprazou o seu castelo a um João Redondo. A localidade, interior, confinava com Buarcos, porto de mar e vila piscatória. O couto de Redondos teve honras de "villa", pelo que constituiu um município, embora nunca tivesse recebido foral. Em 1794 é anexada à vila de Buarcos, denominando-se então Buarcos e Redondos; o concelho é extinto em 1836, e integrado na Figueira da Foz.
Embora o topónimo de Redondos já não exista, e a povoação esteja totalmente integrada na actual freguesia de Buarcos, conserva ainda o seu pelourinho, testemunho da perdido estatuto municipal. Ergue-se num pequeno largo, a curta distância do pelourinho de Buarcos, sendo ambos praticamente idênticos. A sua proximidade determinou que o monumento de Redondos seja também conhecido por "pelourinho de cima", por oposição ao seu par, situado na zona baixa ou ribeirinha.
O conjunto ergue-se sobre uma alta plataforma circular, sobre a qual ficam dois degraus bastante desgastados, octogonais, com faces côncavas e de rebordo. O fuste é cilíndrico e liso, com pequena base circular moldurada. Não existe verdadeiramente capitel, mas apenas um colarinho, formado pelo troço do fuste delimitado por um anelete pouco saliente a curta distância do topo. Sobre a coluna assenta directamente um ábaco, servindo de base ao remate. Este consta de um prisma rectangular, encimado por uma cúpula coroada por esfera, entre quatro pequenos pináculos bojudos que rematam os ângulos do prisma. Uma das faces deste está decorada com um escudo vazio, outra com uma esfera armilar, e outra ainda com a inscrição "1561", data que respeitará ao levantamento do pelourinho.
O conjunto encontra-se bastante desgastado, seguramente pela proximidade de mar, uma vez que o conjunto é em calcário, pedra naturalmente branda e porosa. SML
Bibliografia
Título
Pelourinhos Portugueses, Tentâmen de Inventário Geral
Local
Lisboa
Data
1997
Autor(es)
MALAFAIA, E. B. de Ataíde