
Pelourinho de Bobadela - detalhe
Designação
Designação
Pelourinho de Bobadela
Outras Designações / Pesquisas
Pelourinho de Bobadela (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
Arquitectura Civil / Pelourinho
Inventário Temático
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Localização
Divisão Administrativa
Coimbra / Oliveira do Hospital / Bobadela
Endereço / Local
Largo fronteiro à Igreja Paroquial (Arco Romano)
Bobadela
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Cronologia
Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933 (ver Decreto) Ver inventário elaborado pela ANBA
ZEP
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Zona "non aedificandi"
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Abrangido em ZEP ou ZP
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Abrangido por outra classificação
Património Mundial
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Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
Na Bobadela ergueu-se por volta dos séculos I-IV D.C. um importante município romano, como se pode ainda hoje constatar pelos vestígios que restam da sua Splendidissimae Civitati, nomeadamente o belo arco romano que presumivelmente constituiria uma entrada do fórum. Muitos séculos mais tarde, após a Reconquista, a primeira referência conhecida à localidade respeita ao topónimo Bovadela, presente em documentação do século XII. A designação Abovadella aparece em 1211, Bovadella no foral dado à localidade em 1256 por D. Afonso III, e Abovadela nas inquirições de 1258. A carta de 1256 inclui a povoação na "terra" de Seia. A partir desta data, será concelho, com legitimidade reforçada pelo Foral Novo dado por D. Manuel em 1513, até à sua extinção e integração em Oliveira do Hospital, no ano de 1836.
Como testemunho da antiga autonomia, a vila conserva ainda o seu pelourinho, construído na sequência do foral manuelino. Ergue-se no largo da igreja paroquial, junto ao já referido arco romano, e a um cruzeiro. É constituído por uma plataforma muito rústica quase totalmente enterrada, sustentando um soco de três degraus quadrangulares, de aresta, sobre os quais se ergue o conjunto da base, coluna, capitel e remate, em granito. A base da coluna assemelha-se a um quarto degrau, sendo apenas um pouco mais alteada do que estes. A coluna arranca em secção quadrada, de cujas arestas irrompem quatro colunelos espiralados que compõem o fuste. No topo deste assenta uma peça lisa, de secção quadrada, sendo a transição entre esta e a coluna realizada através de quatro troços angulares, formados por molduras sobrepostas, que se encaixam entre os colunelos do fuste. O remate é composto por uma primeira peça em roca, de superfície inteiramente lavrada com motivos geométricos, encimada por um pináculo cónico de topo truncado, formado por quatro colunelos torsos, no mesmo sentido do fuste. SML
Bibliografia
Título
Pelourinhos Portugueses, Tentâmen de Inventário Geral
Local
Lisboa
Data
1997
Autor(es)
MALAFAIA, E. B. de Ataíde