
Pelourinho de Coimbra - detalhe
Designação
Designação
Pelourinho de Coimbra
Outras Designações / Pesquisas
Pelourinho de Coimbra (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
Arquitectura Civil / Pelourinho
Inventário Temático
-
Localização
Divisão Administrativa
Coimbra / Coimbra / Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu)
Endereço / Local
-- restos no Museu Nacional de Machado de Castro
Coimbra
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Cronologia
Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933 (ver Decreto) Ver inventário elaborado pela ANBA
ZEP
Despacho de 18-02-2010 do director do IGESPAR, I.P. a devolver o processo à DRC do Centro
Parecer de 20-01-2010 do Conselho Consultivo a propor que seja apresentada nova proposta
Proposta de 9-11-2009 da DRC do Centro para a ZEP dos imóveis classificados e em vias de classificação do Centro Histórico de Coimbra
Zona "non aedificandi"
-
Abrangido em ZEP ou ZP
-
Abrangido por outra classificação
-
Património Mundial
-
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
Datado do século XVI, este exemplar do pelourinho de Coimbra ergueu-se inicialmente, ao que tudo leva a crer, na Praça de S. Bartolomeu, hoje denominada Praça do Comércio, e igualmente conhecida por Praça Velha. Este era um grande terreiro para onde deitavam as igrejas de Santiago e São Bartolomeu, ambas erguidas no século XII, em pleno período da Reconquista, e constituindo desde então o centro da cidade, de acesso privilegiado à zona dos cais ribeirinhos. As reformas urbanísticas da época manuelina incluíram a remodelação do terreiro, alargado e enobrecido pela implantação de equipamentos novos ou renovados, caso da Câmara Municipal, da Misericórdia, dos tabeliães, dos açougues do povo, de um importante mercado, do Hospital Real, e do pelourinho. Junto a este representavam-se peças teatrais e realizavam-se autos de fé, atraindo a população de toda a cidade. A construção de um pelourinho quinhentista inscreve-se neste movimento de renovação urbana, funcionando a par da reforma manuelina dos forais, que igualmente celebra.
Assim se compreendem os elementos decorativos típicos do manuelino que encimavam o fuste do pelourinho, como a esfera armilar com faixa zodiacal encimada pela cruz de Cristo, esta última figurando curiosamente (embora não se trate de caso único) com a haste inferior alongada, como virá a ser norma generalizada apenas a partir de 1619. O conjunto foi transferido para o Largo da Portagem em 1610, localização testemunhada por várias gravuras antigas; terá sido então mutilado e reaproveitado para ornamentar o chafariz da praça, de onde o Município o retirou novamente em 1836.
Na sua versão original, tratava-se de uma coluna singela erguida sobre quatro degraus, com quatro braços de ferro cruzados e terminados em gancho, entre o capitel e o remate, descrito acima, e hoje conservado no Arquivo Histórico Municipal de Coimbra. O longo espigão que sustenta os elementos em ferro forjado, a esfera, uma bandeirola ao modo de cata-vento, e a cruz vazada, está inserido num pináculo de factura tardia, provavelmente setecentista, do período em que o conjunto coroou o chafariz da Portagem. Do pelourinho quinhentista resta ainda uma parte do fuste, no claustro da Igreja da Graça da cidade. SML
Bibliografia
Título
Pelourinhos Portugueses, Tentâmen de Inventário Geral
Local
Lisboa
Data
1997
Autor(es)
MALAFAIA, E. B. de Ataíde
Título
Património Edificado com Interesse Cultural - Concelho de Coimbra
Local
Coimbra
Data
2009
Autor(es)
Câmara Municipal de Coimbra - Departamento de Cultura