
Palácio da Graciosa - detalhe
Designação
Designação
Palácio da Graciosa
Outras Designações / Pesquisas
Solar da Graciosa / Palácio da Graciosa (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
Arquitectura Civil / Solar
Inventário Temático
-
Localização
Divisão Administrativa
Aveiro / Anadia / Arcos e Mogofores
Endereço / Local
Quinta da Graciosa
Arcos
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Cronologia
Decreto n.º 67/97, DR, I Série-B, n.º 301, de 31-12-1997 (reclassificou como IIP) (ver Decreto)
Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (classificou como VC) (ver Decreto)
ZEP
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Zona "non aedificandi"
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Abrangido em ZEP ou ZP
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Abrangido por outra classificação
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Património Mundial
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Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
Implantado numa vasta quinta, o Palácio da Graciosa é um dos mais significativos testemunhos da arquitectura civil barroca da região da Anadia. A sua planta rectangular, e desenvolvimento longitudinal, pouco acrescentam ao modelo das casas compridas que caracterizou o século XVIII no nosso país. Todavia, a escadaria que antecede a frontaria vem animar o plano da fachada, conferindo-lhe uma nova dinâmica e profundidade.
A iniciativa da sua construção, no último terço do século XVIII, tem vindo a ser atribuída a José de Melo Sampaio Pereira de Figueiredo, irmão do Bispo de Goa e do Algarve, Fr. Lourenço de Santa Maria (GONÇALVES, 1959), a quem, muito possivelmente, pertenceriam as armas esquarteladas dos Figueiredos, Pereiras, Melos e Sampaios, e tendo por timbre uma águia de duas cabeças, que se exibem no centro da fachada, integradas na decoração da janela axial.
O alçado principal é dividido por pilastras, rematadas por fogaréus, formando três panos. Ganha especial relevância o central, que corresponde ao desenvolvimento da escadaria. Esta, inicia-se por um lanço semicircular, flanqueado por duas portas com pilastras, ao nível do piso térreo, abrindo-se em dois lanços opostos, protegidos por balaustrada encimada por fogaréus, que permitem o acesso às portas do andar nobre. Ao centro, e em destaque, encontra-se a janela de moldura recortada, encimada pelo brasão. Nos panos laterais, o ritmo dos vãos é simétrico, embora o tratamento das molduras do andar nobre seja mais cuidado.
A capela liga-se ao corpo principal através de um arco, e desenvolve-se em planta de nave única, apresentando capela-mor mais baixa. No alçado posterior, encontram-se três nichos em forma de arcos ogivais.
Um outro corpo, edificado posteriormente, cerca de 1896, e hoje muito danificado, tira partido da utilização da linguagem neomanuelina (com elementos lavrados pelos mestres que trabalharam no Palace Hotel do Buçaco), tendo integrado elementos provenientes de demolições ocorridas na cidade de Coimbra, e capitéis românicos da igreja de São Cristóvão, de Coimbra (IDEM; NEVES, SEMEDO, ARROTEIA, 1989, p. 210).
(Rosário Carvalho)
Bibliografia
Título
Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Aveiro
Local
Lisboa
Data
1959
Autor(es)
GONCALVES, António Nogueira
Título
Solares Portugueses
Local
Lisboa
Data
1988
Autor(es)
AZEVEDO, Carlos de
Título
Aveiro - do Vouga ao Buçaco
Local
Lisboa
Data
1989
Autor(es)
NEVES, Amaro, SEMEDO, Enio, ARROTEIA, Jorge Carvalho