
Pelourinho de Maçãs de Dona Maria - detalhe
Designação
Designação
Pelourinho de Maçãs de Dona Maria
Outras Designações / Pesquisas
Pelourinho de Maçãs de Dona Maria (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
Arquitectura Civil / Pelourinho
Inventário Temático
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Localização
Divisão Administrativa
Leiria / Alvaiázere / Maçãs de Dona Maria
Endereço / Local
Largo do Pelourinho (ao lado da Casa do Povo)
Maçãs de Dona Maria
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Cronologia
Decreto n.º 23 122, DG, I Série, n.º 231, de 11-10-1933 (ver Decreto) Ver inventário elaborado pela ANBA
ZEP
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Zona "non aedificandi"
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Abrangido em ZEP ou ZP
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Abrangido por outra classificação
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Património Mundial
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Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
Maçãs de Dona Maria, actual freguesia de Alvaiázere, recebeu o seu nome por via da sua localização, junto da antiga Ribeira das Maçãs ou Mazanas (actual Ribeira da Várzea), e igualmente da sua primeira donatária, D. Maria Pais Ribeiro, a célebre "Ribeirinha". Esta dama nobre, supostamente descendente da família fundadora do Mosteiro de Grijó, amante de D. Sancho I, e mãe de filhos seus, um dos quais tem sepultura no citado mosteiro, recebeu a doação de uma extensa área, correspondente à actual freguesia, das mãos deste monarca em 1208. Em 1434, é D. Duarte quem concede a D. Pedro de Meneses, 1.º Conde de Vila Real, o direito de Justiça sobre a povoação, que assim ganhava alguma autonomia administrativa, já que até então se encontrava subordinada a Chão de Couce. Foi finalmente elevada a concelho em 1514, por foral de D. Manuel. Pertenceu à Casa de Vila Real até 1641, quando passou para a Casa do Infantado, por confisco dos bens da família. Em 1836, o concelho de Maçãs de Dona Maria foi ampliado com todas as freguesias de Aguda e de Arega, apenas para ser extinto em 1855, e integrado em Figueiró dos Vinhos. Seguiu-se uma breve integração em Ansião, e por fim em Alvaiázere, a partir de 1898.
Maçãs de Dona Maria conserva ainda o seu pelourinho, símbolo da antiga autonomia, ainda que consideravelmente alterado. Levanta-se num pequeno largo, junto da Casa do Povo, abrigado sob um alpendre construído para o efeito, e encontra-se presentemente transformado em cruzeiro. O alpendre, de planta quadrangular, é composto por uma cúpula caiada sobre quatro colunas lisas da ordem toscana, sobre plintos. O conjunto assenta num amplo soco quadrangular. A cúpula é rematada por uma cruz (latina) da Ordem de Cristo sobre três degraus quadrangulares.
Do pelourinho original, resta a base, coluna e capitel. A coluna é da ordem toscana, idêntica às do alpendre. A sua base é constituída por um plinto com c. 80 cm de altura, no qual assenta o fuste, cilíndrico e liso, com bocel. Suporta um capitel formado por uma fina moldura circular, colarinho liso, coxim e ábaco quadrado, onde assenta finalmente o crucifixo. Este consta de uma cruz latina, com a imagem de Cristo em relevo, aplicada na face dianteira, e encimada por tabuinha. Trata-se nitidamente de um acrescento posterior, talvez do século XIX ou início do século XX. SML
Bibliografia
Título
Pelourinhos Portugueses, Tentâmen de Inventário Geral
Local
Lisboa
Data
1997
Autor(es)
MALAFAIA, E. B. de Ataíde