
Forte de São João Baptista e os arcos que o ligam à ilha da Berlenga - detalhe
Designação
Designação
Forte de São João Baptista e os arcos que o ligam à ilha da Berlenga
Outras Designações / Pesquisas
Forte da Berlenga / Forte de São João Baptista (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
Arquitectura Militar / Forte
Inventário Temático
-
Localização
Divisão Administrativa
Leiria / Peniche / Peniche
Endereço / Local
Ilha da Berlenga Grande
-
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como MN - Monumento Nacional
Cronologia
Decreto n.º 28 536, DG, I Série, n.º 66, de 22-03-1938 (ver Decreto)
ZEP
Portaria de 10-05-1960, publicada no DG, II Série, n.º 120, de 21-05-1960 (com ZNA)
Zona "non aedificandi"
Portaria de 10-05-1960, publicada no DG, II Série, n.º 120, de 21-05-1960
Abrangido em ZEP ou ZP
-
Abrangido por outra classificação
-
Património Mundial
-
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
A ilha da Berlenga Grande, ao largo da costa de Peniche, foi ocupada no início do século XVI por uma comunidade de frades jerónimos que aí edificou o Mosteiro da Misericórdia da Berlenga para auxílio aos náufragos. No entanto os ataques de corso afastaram os frades do arquipélago, e em meados do século XVII D. João IV ordenava a edificação de uma fortaleza na ilha, com o objectivo de reforçar a defesa da cidadela de Peniche.
Foi então edificado o Forte de São João Baptista, sobre um ilhéu junto à enseada da ilha e a ela ligado por uma ponte de alvenaria. O projecto da fortaleza é atribuído ao engenheiro Mateus do Couto. Em 1666 o Forte da Berlenga foi preponderante para travar o ataque de uma esquadra espanhola, que tinha por objectivo raptar a rainha D. Maria Francisca de Sabóia na sua chegada a Portugal, à época do seu casamento com D. Afonso VI. Depois deste ataque o rei mandou reparar a fortaleza, aumentando o poder de fogo da mesma, como atesta a inscrição na porta de armas.
Durante as Invasões Francesas, serviu de base a tropas inglesas, tendo sido posteriormente pilhada pelos franceses. Em 1821 D. João VI ordenava um novo restauro da fortaleza, mandando reedificar a capela, anos antes queimada pelas tropas napoleónicas. Foi ainda utilizada durante as Guerras Liberais, servindo de base às tropas de D. Pedro para a conquista da fortaleza de Peniche, ocupada por forças miguelistas. Catorze anos depois foi desartilhada, o que levou ao seu gradual abandono.
Na década de 50 do século XX a Fortaleza de São João Baptista foi restaurada pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais para uma posterior adaptação do espaço a pousada.
O Forte da Berlenga possui planta octogonal irregular, adaptada à morfologia do ilhéu onde está implantada, cujos alçados virados ao mar se encontram rasgados por canhoeiras, dispostas a intervalos regulares. No interior da praça foram edificadas diversas construções de planta rectangular, no centro do forte e adossadas a dois dos alçados. O portal, de moldura rusticada, possui lápide no tímpano com inscrição, sendo encimado por frontão de aletas interrompido por escudo coroado. As fachadas principal e lateral são rasgadas por dois registos de janela de moldura redonda. Adossadas às muralhas exteriores foram edificadas as antigas casamatas e o paiol.
Catarina Oliveira
GIF/ IPPAR/ 2004
Bibliografia
Título
Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses
Local
Lisboa
Data
1948
Autor(es)
ALMEIDA, João de
Título
Os mais belos castelos e fortalezas de Portugal
Local
Lisboa
Data
1986
Autor(es)
GIL, Júlio, CABRITA, Augusto
Título
Fortificações da região de Peniche
Local
Almeirim
Data
2000
Autor(es)
CALADO, Mariano
Título
Peniche na história e na lenda
Local
Peniche
Data
1991
Autor(es)
CALADO, Mariano
Título
Forte da Berlenga, Boletim nº 74
Local
Lisboa
Data
1953
Autor(es)
DGEMN - Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais