
Arco romano de Beja - detalhe
Designação
Designação
Arco romano de Beja
Outras Designações / Pesquisas
Porta de Évora / Castelo de Beja / Castelo e Cerca Urbana de Beja (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
Arqueologia / Arco
Inventário Temático
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Localização
Divisão Administrativa
Beja / Beja / Beja (Salvador e Santa Maria da Feira)
Endereço / Local
Rua de D. Dinis
Beja
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como MN - Monumento Nacional
Cronologia
Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEP
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Zona "non aedificandi"
-
Abrangido em ZEP ou ZP
Abrangido por outra classificação
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Património Mundial
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Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
Possivelmente edificado entre os séculos III e IV d. C, o circuito muralhado que definia os limites de Pax Iulia integrava outras estruturas inerentes, como no caso específico do "Arco", ou, como também é conhecido localmente, da "Porta de Évora".
O "Arco" encontra-se entre uma das torres que ladeiam a muralha do castelo de Beja e um dos troços da amurada que envolvia esta mesma localidade. Ao que tudo indica, a sua principal funcionalidade consistia em dar acesso à barbacã que rodeia a torre de menagem, localizada a Oeste deste mesmo recinto. De realçar será o facto de ainda passar sob este "Arco" um troço da antiga calçada romana, realizada com lajes de consideráveis dimensões.
Em termos arquitectónicos, estamos perante um "Arco" de volta perfeita com grandes aduelas e impostas molduradas. Quanto aos seus pés direitos, eles são constituídos por blocos de cantaria aparelhada. Um dos aspectos mais interessantes a sublinhar, será, no entanto, a presença de uma máscara humana esculpida no seu cimo, envolta numa moldura boleada. Segundo alguns autores, o "Arco" apresentava ainda outros motivos decorativos, com especial referência para a presença de três águias esculpidas em material pétreo, uma das quais em baixo relevo, e as outras duas em alto relevo, na zona dos seus respectivos cunhais. Todos estes componentes escultóricos podem ser observados no Museu da Cidade, onde se encontram expostos.
Actualmente, o "Arco" encontra-se integrado no castelo medieval, ou seja, no exterior da alcáçova. Com efeito, este elemento sofreu algumas vicissitudes ao longo dos séculos, das quais destacamos a edificação de uma segunda "porta" mais ampla em finais do século XVI, situada entre a "porta" romana, propriamente dita, e o Hospital da Misericórdia, o que implicou a total demolição do "Arco" romano. Contudo, esta mesma segunda "porta" foi também destruída em 1893, ao entender-se que a sua presença naquele local dificultaria o normal fluxo do trânsito. Chegado o ano de 1938, decidiu-se reconstruir o "Arco" com os vestígios que ainda subsistiam, e que constavam de diferentes fragmentos entretanto reutilizados pelas gentes locais, quer na construção de quintais, como de diferentes residências.
Para além deste "Arco", funcionaram até ao século XIX as denominadas "Portas" de Aviz, de Mértola e de Aljustrel, onde terminavam as vias romanas que ligavam Pax Iulia às localidades de Évora e de Faro.
[AMartins]
Bibliografia
Título
Castelo de Beja, Monumentos
Local
-
Data
1954
Autor(es)
-
Título
Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Beja, Vol. XII
Local
Lisboa
Data
1992
Autor(es)
ESPANCA, Túlio
Título
Beja - olhares sobre a cidade
Local
-
Data
1991
Autor(es)
MESTRE, Joaquim Ferreira
Título
Arquitectura romana, História da Arte em Portugal
Local
-
Data
1986
Autor(es)
ALARCÃO, Jorge Manuel N. L.
Título
A construção na cidade e no campo, Nova História de Portugal
Local
Lisboa
Data
1990
Autor(es)
ALARCÃO, Jorge Manuel N. L.
Título
Beja e as suas fortificações, Arquivo de Beja, vol. 23-24, Beja, Câmara Municipal de Beja, 1966
Local
-
Data
-
Autor(es)
CANELAS, Carlos Augusto Ponce