
Ermida de Nossa Senhora da Assunção de Messejana - detalhe
Designação
Designação
Ermida de Nossa Senhora da Assunção de Messejana
Outras Designações / Pesquisas
Igreja de Entre Vinhas / Ermida de Nossa Senhora da Assunção / Igreja de Nossa Senhora da Assunção (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
Arquitectura Religiosa / Igreja
Inventário Temático
-
Localização
Divisão Administrativa
Beja / Aljustrel / Messejana
Endereço / Local
- -
Messejana
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público
Cronologia
Portaria n.º 479/2010, DR, 2.ª série, n.º 127, de 2-07-2010 (ver Portaria)
Despacho de homologação de 29-03-2010 do Secretário de Estado da Cultura
Edital de 27-11-2009 da CM de Aljustrel
Parecer favorável de 15-07-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Proposta de 15-03-2009 da DRC do Alentejo para a classificação como IIP
Edital de 8-01-2009 da CM de Aljustrel
Edital de 26-03-2003 da CM de Aljustrel
Despacho abertura de 20-02-2003 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de 18-02-2003 da DR de Évora para a classificação como IIP
Proposta de classificação de 16-01-2003 da CM de Aljustrel
ZEP
Portaria n.º 479/2010, DR, 2.ª Série, n.º 127, de 2-07-2010 (sem restrições) (ver Portaria)
Despacho de homologação de 29-03-2010 do Secretário de Estado da Cultura
Edital de 27-11-2009 da CM de Aljustrel
Parecer favorável de 15-07-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Proposta de 15-03-2009 da DRC do Alentejo
Zona "non aedificandi"
-
Abrangido em ZEP ou ZP
-
Abrangido por outra classificação
-
Património Mundial
-
Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
A ermida de Nossa Senhora da Assunção, situada nos termos da vila de Messejana, encontra-se documentada desde o século XV, com a designação de Nossa Senhora de Entre as Vinhas (J. Rodrigues Lobato, 1983), tendo sido ao longo dos anos importante local de peregrinação, o que proporcionou as sucessivas campanhas de obras (Luís Pitas, Graça Dias, 1999), até à que lhe concerne a sua fisionomia actual, já posterior ao Terramoto de 1755.
A ermida, que ficou muito arruinada, quando do citado terramoto, em 1758, já se estava fazendo de novo, muito melhor do que era, por terem concorrido os devotos com muitas esmolas (Dicionário Geográfico, 1758).
À sua reconstrução alia-se a figura de Diogo Tavares de Brito, da cidade de Tavira (Ana Borges, Luís Marino, 2003), também por vezes designado Diogo Tavares de Ataíde considerado o mais importante mestre pedreiro do Algarve, em meados do século XVIII.
O programa construtivo apresenta-se simultaneamente conservador no que toca à tipologia da sua planta e assumidamente barroco no que diz respeito ao exterior, onde a preocupação de movimento, de contrastes de luz e sombra e mesmo de eruditismo se encontra patente desde a escadaria, à fachada. A este facto não é alheio, com certeza, estarmos perante um local de peregrinação, onde o maior investimento deverá ser feito nas zonas, em primeiro lugar, acessíveis aos fiéis.
O interior, de grande austeridade, segue os modelos da arquitectura chã, apresentando uma só nave e capela-mor, onde se concentra todo o esforço decorativo do interior, conseguido através de retábulo de talha rococó do altar-mor e da utilização de painéis com temas marianos azuis e brancos e molduras já anunciando também o rococó.
Exteriormente, a fachada, à qual dá acesso um escadório que assume uma a dinâmica barroca, apresenta um registo central, onde se abre o portal, encimado por janelão, ladeado por duas torres colocadas de forma oblíqua, numa atitude manifestamente barroca, produzindo movimento a toda a fachada. Esta colocação das torres é rara na arquitectura portuguesa (podemos encontrá-la na igreja do Senhor Jesus da Piedade de Elvas), mas largamente utilizada no Brasil, depois da construção da igreja da Conceição da Praia, em S. Salvador da Baía. Mas, também as duas dependências, de planta hexagonal, que se ligam de um e outro lado à capela-mor, apresentam uma tipologia pouco comum, que poderá eventualmente inspirar-se em modelo erudito.
Curiosa é ainda a reutilização de materiais, como se pode verificar, a título de exemplo nas escadas de acesso ao camarim ou nas portas que também lhe dão acesso claramente seiscentistas. Ana Maria Borges, DRCA, 26/06/2008
Bibliografia
Título
Aljustrel. Monografia
Local
Aljustrel
Data
1983
Autor(es)
LOBATO, João Rodrigues
Título
A ermida de Nossa Senhora da Assunção de Messejana: conjugação de influências num exemplar arquitectónico da 2ª metade do século XVIII, Actas do II Congresso Internacional do Barroco, Porto, Departamento de Ciências e Técnicas do Património, FLUP
Local
Porto
Data
2001
Autor(es)
BORGES, Ana Maria de Mira, UCHA, Luís Marino
Título
Ataíde, Francisco Fonseca e, in Dicionário da Arte Barroca em Portugal
Local
Lisboa
Data
1989
Autor(es)
LAMEIRA, Francisco
Título
A Ermida de Nossa Senhora da Assunção - Santuário de Messejana, in Vipasca - Arqueologia e História, nº 8
Local
Aljustrel
Data
1999
Autor(es)
PITA, Luís, DIAS, Maria da Graça