
Igreja da Misericórdia de Leiria - detalhe
Designação
Designação
Igreja da Misericórdia de Leiria
Outras Designações / Pesquisas
Edifício, Igreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Leiria / Centro Intercultural de Leiria (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
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Inventário Temático
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Localização
Divisão Administrativa
Leiria / Leiria / Leiria, Pousos, Barreira e Cortes
Endereço / Local
Rua Dr. Miguel Bombarda
Leiria
Travessa da Tipografia
Leiria
Travessa da Misericórdia
Leiria
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público
Cronologia
Portaria n.º 208/2015, DR, 2.ª série, n.º 71, de 13-04-2015 (ver Portaria)
Anúncio n.º 14/2015, DR, 2.ª série, n.º 12, de 19-01-2015 (ver Anúncio)
Parecer favorável de 17-12-2014 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 20-05-2014 da DRC do Centro para a classificação como MIP
Anúncio n.º 189/2013, DR, 2.ª série, n.º 100, de 24-05-2013 (ver Anúncio)
Despacho de abertura de 11-02-2013 da diretora-geral da DGPC
Proposta de abertura de 10-02-2013 da DRC do Centro
Requerimento de classificação de 15-05-2012 da CM de Leiria
Pedido de parecer de 11-04-2012 da CM de Leiria sobre a eventual classificação como de IM
ZEP
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Zona "non aedificandi"
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Abrangido em ZEP ou ZP
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Abrangido por outra classificação
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Património Mundial
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Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
A primitiva Igreja da Misericórdia de Leiria foi erguida em 1544, no local da sinagoga medieval da cidade, situada na então denominada Rua Nova dos Judeus. Porém, o templo atual resulta de uma reconstrução integral, iniciada em 1707, e da qual resultou a sua singela estrutura chã, com decoração austera, integrável no panorama do tardo-maneirismo nacional.
No interior destacam-se o coro-alto, assente em três arcos de pedra, as tribunas das galerias superiores, as microarquiteturas dos nichos que abrigam as imagens dos quatro Evangelistas e, sobretudo, o conjunto do património integrado, já de filiação tardo-barroca, nomeadamente o teto pintado, os medalhões em tela e o retábulo da capela-mor, em talha dourada e mármores policromos, os retábulos dos altares colaterais, os púlpitos da nave, e ainda o arcaz em madeira e o lavabo marmóreo da sacristia.
Para além do seu interesse patrimonial, a igreja afirma-se como um espaço com grande simbolismo, conservando muito presente a memória judaica e cristã-nova de Leiria, cuja importância histórica é acrescida pelo facto de na antiga judiaria, junto à sinagoga, ter funcionado a tipografia, de fundação quatrocentista, de onde saiu em 1495 o célebre Almanaque Perpétuo de Abraão Zacuto, a primeira obra científica impressa em Portugal.
Sílvia Leite/UCC/2015