
Termas Medicinais Romanas de Chaves - detalhe
Designação
Designação
Termas Medicinais Romanas de Chaves
Outras Designações / Pesquisas
Termas Romanas de Chaves / Termas Medicinais Romanas do Largo do Arrabalde (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia
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Inventário Temático
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Localização
Divisão Administrativa
Vila Real / Chaves / Santa Maria Maior
Endereço / Local
Largo do Arrabalde
Chaves
Proteção
Situação Actual
Classificado
Categoria de Protecção
Classificado como MN - Monumento Nacional
Cronologia
Decreto n.º 31-H/2012, DR, 1.ª série, n.º 252 (suplemento), de 31-12-2012 (sem restrições) (ver Decreto)
Procedimento prorrogado pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Parecer favorável de 15-07-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Proposta de 16-06-2009 da DRC do Norte para a classificação como MN
Despacho de abertura de 6-11-2008 do director do IGESPAR, I.P.
Proposta de abertura de 4-11-2008 da DRC do Norte
ZEP
Portaria n.º 490/2013, DR, 2.ª série, n.º 138, de 19-07-2013 (sem restrições) (ver Portaria)
Anúncio n.º 22/2013, DR, 2.ª série, n.º 13, de 18-01-2013 (ver Anúncio)
Parecer favorável de 15-07-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Proposta de 16-06-2009 da DRC do Norte
Zona "non aedificandi"
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Abrangido em ZEP ou ZP
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Abrangido por outra classificação
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Património Mundial
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Descrição Geral
Nota Histórico-Artistica
As Termas Medicinais Romanas do Largo do Arrabalde constituem «(...) um complexo termal que, pelo facto de ser de cariz terapêutico, apresenta características muito peculiares, sendo uma tipologia funcional que em território português, apesar de ainda se registarem alguns vestígios de outros exemplares equivalentes, já só subsistem, enquanto conjunto edificado, as Termas de São Vicente (Penafiel) e as Termas de São Pedro do Sul, embora em ambos os casos de reduzida dimensão.
Pelos dados até ao momento disponibilizados pela escavação arqueológica que se encontra em curso, constitui não só o mais importante complexo termal português, mas também um dos mais monumentais em termos europeus, só comparável a idênticas estruturas, enquanto termas medicinais, existentes em Bath (Inglaterra) e Vichy (França)
O seu destaque é-lhe conferido, para além da grandiosidade das estruturas, em termos das suas dimensões e qualidade arquitectónica, o seu bom estado de conservação, sendo constituído por uma piscina com 13,22x7,98m (...), uma segunda piscina parcialmente escavada, com um dos topos com cerca de 8m,(...) e um pequeno tanque, possivelmente para banhos individuais, uma sala com pavimento em opus signinum e um complexo sistema de abastecimento e escoamento das águas termo-medicinais, pétreo e tendo algumas condutas cobertura em tegulae. A cobertura da área central, na zona da piscina de maiores dimensões e na área de acesso a esta, era realizada por uma grande abóbada de canhão construída em opus laetericium revestida a opus signinum, tendo sido possível recolher fragmentos de significativa dimensão, fruto do seu derrube organizado. Com actual conhecimento da mancha urbana ocupada pelo municipium de Aquae Flaviae, estima-se que o complexo termal pudesse ocupar cerca de um terço do espaço daquela cidade.
A este relevante conjunto construído alia-se um espólio que, por excepcionais condições de jazida, proporcionaram um conjunto de artefactos, de materiais perecíveis, em notável estado de conservação, qualidade e diversidade, destacando-se um pirgo (torre pata lançar dados de jogo) em opus interassile que constitui um dos três exemplares desta tipologia existente no mundo e cuja inscrição se assume como a mais completa dentro do restrito conjunto preservado.
Em termos cronológicos, ainda não foi possível determinar o momento da sua construção, verificando-se, com a informação já apurada, que esteve em funcionamento, pelo menos, até ao último quartel do séc. IV d.C. Refira-se que é nos escombros resultantes da derrocada do edifício das Termas que vai ser colocada uma sepultura baixo-imperial, em caixa subrectangular de tegulae, conservando um esqueleto em conexão anatómica.»
autoria: Sérgio Carneiro
(Relatório Preliminar dos Trabalhos Arqueológicos - Proposta de abertura do procedimento de classificação, da Câmara Municipal de Chaves, de 16.10.2008)
Imagens
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Termas Medicinais Romanas de Chaves - Fundo e escadas de uma das piscinas após a limpeza
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Termas Medicinais Romanas de Chaves - Vista parcial de uma escavação
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Termas Medicinais Romanas de Chaves - Planta de localização
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Termas Medicinais Romanas de Chaves - Planta com a delimitação e a ZGP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP
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Termas Medicinais Romanas de Chaves - Conduta coetânea à muralha
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Termas Medicinais Romanas de Chaves - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor
Bibliografia
Título
De Aquae Flaviae a Chaves. Povoamento e organização do território entre a Antiguidade e a Idade Média, Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Local
Porto
Data
1996
Autor(es)
TEIXEIRA, Ricardo Jorge Coelho Marques Abrantes
Título
Aquae Flaviae II. O tecido urbanístico da cidade romana
Local
Chaves
Data
1999
Autor(es)
RODRÍGUEZ COLMENERO, António
Título
Termas medicinais de época romana em Portugal, Actas do II Congresso Peninsular de História Antiga
Local
Coimbra
Data
1990
Autor(es)
FRADE, Maria Helena Simões
Título
O povoamento romano no Vale Superior do Tâmega. Permanências e mutações na humanização de uma paisagem (dissertação de mestrado)
Local
Porto
Data
1993
Autor(es)
AMARAL, Paulo
Título
Relatório Preliminar dos Trabalhos Arqueológicos das Termas Medicinais de Chaves (Proposta de abertura do processo de classificação da Câmara Municipal de Chaves)
Local
Chaves
Data
2008
Autor(es)
CARNEIRO, Sérgio